"De princípio, ele [o recinto] está livre de contaminação pela covid-19", afirmou o presidente do Instituto Nacional de Petróleo (INP), Carlos Zacarias, em conferência de imprensa em Maputo.
O responsável avançou que após a deteção do primeiro caso nas instalações do consórcio da Total em Afungi, província de Cabo Delgado (norte do país), as autoridades de saúde moçambicanas fizeram o rastreio dos contactos, isolaram os casos suspeitos e os infetados.
Todos os 880 trabalhadores do empreendimento foram testados, tendo sido reduzidos os trabalhos para o mínimo e várias pessoas isoladas.
O presidente do Instituto Nacional de Petróleo avançou que a prevenção obrigou também à paralisação das atividades relacionadas com o desenvolvimento dos projetos de gás no Rovuma, nomeadamente as obras de construção da futura fábrica de gás natural liquefeito e o processo de reassentamento das comunidades.
Nesse sentido, está em curso a reprogramação das operações, visando a retomada das obras, logo que as condições estejam criadas.
Além da Total, o consórcio da Área 1 é detido pela japonesa Mitsui (20%), a petrolífera estatal moçambicana ENH (15%), as indianas ONGC Videsh (10%) e a sua participada Beas (10%), a Bharat Petro Resources (10%) e a tailandesa PTTEP (8,5%).
O presidente do INP adiantou que a prevenção da pandemia da covid-19 levou igualmente à paralisação de trabalhos de pesquisa de hidrocarbonetos noutras partes do país.
A situação forçou também ao adiamento do lançamento do sexto concurso internacional para a pesquisa de hidrocarbonetos, acrescentou Carlos Zacarias.
Moçambique acumula 316 casos de infeção pela covid-19, com duas mortes e 109 recuperados.