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Crise "leva a refletir sobre todo o sistema de proteção"

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse hoje que a crise "leva a refletir sobre todo o sistema de proteção", reconhecendo ser necessário ver "quem fica de fora".

Crise "leva a refletir sobre todo o sistema de proteção"
Notícias ao Minuto

21:03 - 29/04/20 por Lusa

Economia Covid-19

Na teleconferência 'Social Good Summit Lisbon', Ana Mendes Godinho afirmou que "ver quem são as populações que neste momento completamente extraordinário ficam de fora do sistema" tem sido uma das dimensões do seu trabalho.

"Este é um momento que nos leva a pensar imenso e a refletir sobre todo o sistema de proteção que nós temos montado", reconheceu a ministra, numa teleconferência que contou também com a presença do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Edmundo Martinho, e com a diretora de 'casting' e mentora da associação Mansarda, Patrícia Vasconcelos.

Ana Mendes Godinho considerou que "ninguém estava preparado" para a pandemia de covid-19, inclusive a nível mundial, e cujas respostas dependem dos sistemas públicos de Saúde e Segurança Social.

"Quando digo que temos de repensar o modelo do sistema, é até na forma como olhamos para o nosso contributo para a Segurança Social como um custo, e quando é necessário que este sistema reaja e responda em primeira mão às necessidades das pessoas, ele olha para aqueles que contribuíram coletivamente para o sistema, e portanto há muitas situações que ficam de fora", argumentou. 

A ministra defendeu que o Governo teve a preocupação que "ninguém ficasse de fora do sistema de emergência" que está a ser criado, levando a que haja "diariamente um contacto permanente com as pessoas e perceber quem está de fora, por que é que está de fora", e o que é necessário adaptar.

"Percebemos como o sistema está a ser testado ao seu limite, e está a responder", disse, mais tarde, sobre as medidas que o Governo foi sucessivamente adotando ao longo do período da pandemia de covid-19.

Já Edmundo Martinho, provedor da SCML, referiu que "há imensas aprendizagens a fazer" na sequência das consequências da pandemia, uma das quais a necessidade de "sistemas públicos robustos, que garantam que da Educação à Saúde, e à Segurança Social, os cidadãos se possam sentir protegidos".

Edmundo Martinho relembrou que "quem tem relações de trabalho informais tem hoje uma dificuldade muito maior de encontrar apoio, e tem de ser o sistema a procurar e a encontrar alternativas".

"Esta questão do combate à precariedade, a soluções laborais precárias, que são sempre um fator de fragilidade, deve levar-nos a pensar que se calhar, no passo seguinte, temos que ir um pouco mais além", sustentou.

O provedor da Santa Casa relevou ainda a importância de, no futuro, não dar por garantidas as aprendizagens feitas durante o período de pandemia, "porque o regresso também vai ser difícil".

Já Patrícia Vasconcelos centrou a sua participação no debate sobretudo na conexão com o mundo artístico, cujos trabalhadores "foram os primeiros que legalmente foram obrigados a suspender as suas atividades".

"Tiveram de suspender a atividade sem saber quando é que, no futuro próximo, vão poder reativar as suas profissões. Estou a falar das artes performativas, sobretudo, e de toda a área da música, que são pessoas que viviam muito de uma faturação muito grande nesta altura do ano", relevou.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 217 mil mortos no mundo, incluindo 973 em Portugal, desde o final do ano.

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