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Economia da Guiné Equatorial contrai-se 13,6% este ano

A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) prevê que a economia da Guiné Equatorial aprofunde a recessão e registe um crescimento negativo de 13,6% este ano, melhorando para 5,3% em 2021, e regressando a terreno positivo em 2023.

Economia da Guiné Equatorial contrai-se 13,6% este ano
Notícias ao Minuto

09:42 - 29/04/20 por Lusa

Economia Economist Intelligence Unit

"O crescimento da economia vai ser principalmente determinado pelos desenvolvimentos no setor do petróleo e gás", escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist, que estimam um novo ano de crescimento negativo.

"A economia vai contrair-se 13,6% em 2020 devido ao choque da procura originado pela pandemia da covid-19, internamente, e pela queda dos preços globais do gás natural e do petróleo", lê-se na análise ao país, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

No documento, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que "o Governo previa que este ano fosse o Ano do Investimento, com conferências e contratos", mas alertam que devido às condições atuais do mercado, "o interesse dos investidores deve ser baixo".

No primeiro semestre de 2021, ainda assim, a EIU antevê uma ligeira recuperação global "que vai fazer os preços do petróleo subir significativamente", fazendo com que a recessão abrande para 5,3%, e depois em 2022 e 2023 haverá uma "recuperação na economia não petrolífera combinada com um regresso a um crescimento global positivo, aumento dos preços do petróleo e um regresso do investimento direto estrangeiro nos setores do petróleo e gás".

A EIU antecipa, ainda assim, uma quebra de 0,5% no PIB em 2023 antes de uma recuperação em 2024, ano em que esperam um crescimento económico de 1,1%, "refletindo a recuperação global e uma expansão nos serviços relacionados com o setor petrolífero e projetos de capital".

Sobre o programa de assistência financeira acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a EIU considera que a Guiné Equatorial vai conseguir cumprir o acordado.

"Esperamos o cumprimento das exigências do FMI durante o nosso período de previsões, refletindo a necessidade crescente do regime de empréstimos concessionais [abaixo dos valores da banca comercial] para lidar, quer com os requisitos externos de financiamento, quer com o aumento da dívida pública externa", afirmam os analistas.

Para a EIU, a Iniciativa para a Transparência nas Indústrias Extrativas vai aprovar em junho a entrada do país nesta organização, mas apenas se o FMI der a sua concordância, no âmbito do programa de financiamento de 282,8 milhões de dólares (quase 260 milhões de euros) acordados no final do ano passado.

"Este valor, juntamente com os 347 milhões de dólares [quase 320 milhões de euros] do Banco Africano de Desenvolvimento, chega a 631 milhões de dólares [580 milhões de euros] em empréstimos multilaterais", notam os analistas.

"A direção da ITIE vai reunir-se em junho para analisar a proposta da Guiné Equatorial, e antevemos que a aprove se o FMI a apoiar", concluem, lembrando que a adesão era uma das condições para o empréstimo do Fundo.

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