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Trabalhadores juntam-se à "Semana da Igualdade" da CGTP no Porto

Cerca de meia centena de trabalhadores juntaram-se hoje à secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), Isabel Camarinha, pela luta por salários iguais entre homens e mulheres.

Trabalhadores juntam-se à "Semana da Igualdade" da CGTP no Porto
Notícias ao Minuto

17:50 - 06/03/20 por Lusa

Economia CGTP

"Nós dizemos não ao assédio e repressão", "a discriminação só aumenta a exploração", "Homem ou mulher, igualdade é o que se quer" e "Sim à igualdade, emprego de qualidade" e "Caminhar em liberdade, defender a igualdade" foram algumas das frases lidas ao microfone por dirigentes da CGTP e repetidas por mais de 50 trabalhadores que participaram, esta tarde, na "Semana da Igualdade", ação de luta organizada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses.

"Aqui nesta ação no Porto da Semana da Igualdade que a CGTP está a promover desde o dia 02 [de março] os destaques [da luta] são os problemas das mulheres trabalhadoras no nosso país e o combate pela efetiva igualdade no trabalho e na vida", declarou Isabel Camarinha, em declarações à Lusa, durante a ação de protesto em que participaram trabalhadores de setores variados, como por exemplo, da função pública, comércio ou telecomunicações.

Segundo a secretária-geral da CGTP, em Portugal os "salários das mulheres estão 14,5% abaixo dos salários médios dos homens" e, portanto, "há aqui um intensificar ainda maior da exploração em relação às mulheres".

Para Isabel Camarinha é urgente a tomada das medidas efetivas para permitir essa conciliação entre vida profissional e a vida familiar.

"Temos uma legislação que prevê direitos que têm de ser cumpridos, mas muitas vezes as empresas e os serviços não os cumprem, mas precisamos de garantir que haja tempo para os trabalhadores terem vida para além do trabalho e terem vida pessoal e familiar, conciliando de facto isso com a vida profissional", disse.

As mulheres trabalhadoras são as mais prejudicadas com o nível de precariedade que existe em Portugal, critica a secretária-geral, afirmando que por se estar perto do Dia Internacional da Mulher faz sentido chamar a atenção para o problema da desigualdade entre géneros no trabalho.

"A nossa luta pela igualdade no trabalho e na vida é uma luta de todos os dias, mas nesta Semana da Igualdade e comemorando o 08 de março, o Dia Internacional da Mulher, consideramos que é uma forma de chamar ainda mais a atenção para a urgência de resolução destes problemas das desigualdades que existem", acrescentou.

Segundo dados citados pela secretária-geral da CGTP, é sobre as mulheres que continua a recair mais a assistência à família e o apoio aos filhos.

"Nós precisamos que os serviços públicos deem respostas efetivas às necessidades dos trabalhadores e das trabalhadoras", afirmou.

"A desigualdade dos salários entre homem e mulher é transversal a todo o país e afeta principalmente setores onde é predominante a mão de obra feminina, porque os salários são muitos baixos, (...) pois o patronato considera que consegue explorar mais se forem mulheres", acrescenta.

Segundo a sindicalista, a intensificação da diferença salarial nota-se mais em setores abrangidos pelo salário mínimo nacional na esmagadora maioria dos trabalhadores.

A ação de luta na Baixa do Porto, em frente ao Centro Comercial da Rua de Santa Catarina, terminou com os discursos da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, e da responsável pela Comissão Igualdade entre Mulheres e Homens da GCTP, Marisa Ribeiro, contando ainda com as intervenções de responsáveis da área do comércio, Função pública e telecomunicações.

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