De acordo com a agência noticiosa angolana, Angop, o anúncio para a construção da barragem, com um orçamento estimado de 1,2 mil milhões de dólares (1,07 mil milhões de euros), foi feito na terça-feira pelo ministro João Baptista Borges.
O governante adiantou que os acordos bilaterais entre os dois países foram alcançados e que a construção da barragem - que terá uma capacidade de produção de 600 megawatts de energia - se prolongará por quatro anos.
"Se mantivermos o cronograma do acordo estabelecido, podemos cumprir com os prazos, pois existe um grande interesse binacional neste projeto", defendeu João Baptista Borges.
O ministro angolano considerou que a construção de Baynes é importante e que esta vai apoiar o desenvolvimento económico dos dois países.
A barragem de Baynes terá 200 metros de altura, 1.025 de comprimento de coroamento, 40 quilómetros de albufeira e uma área inundada de 58,15 quilómetros quadrados, num nível de pleno armazenamento.
Os 600 megawatts produzidos pela barragem serão divididos de forma equitativa entre Angola e Namíbia, devendo cada uma ficar com metade desta produção.
A construção da futura infraestrutura foi aprovada pelas partes em 2014, no quadro de um estudo de viabilidade concluído um ano antes.
O projeto, além da construção do aproveitamento hidroelétrico, inclui também estradas e outras linhas de interligação entre os dois países.