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"Boa dinâmica" da economia cabo-verdiana deixa taxas de juro inalteradas

O Banco de Cabo Verde (BCV) vai deixar inalteradas, pelo menos até abril, as taxas de juro, decisão que o Comité de Política Monetária do banco central justificou com a "boa dinâmica" da economia no último trimestre de 2019.

"Boa dinâmica" da economia cabo-verdiana deixa taxas de juro inalteradas
Notícias ao Minuto

09:37 - 02/03/20 por Lusa

Economia Banco Central

Em comunicado a que a Lusa teve hoje acesso, o Comité de Política Monetária do BCV, após a reunião de terça-feira, decidiu propor a manutenção das taxas de juro, casos da Diretora (1,50%), de facilidade Permanente de Cedência de Liquidez (3,00%) de Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez (0,10%) e de Redesconto (5,50%).

"A decisão teve por base a análise dos desenvolvimentos macrofinanceiros recentes e das suas perspetivas de evolução para os próximos meses", lê-se no comunicado, que acrescenta que a próxima reunião ordinária do Comité de Política Monetária do BCV está agendada para 07 de abril.

A evolução positiva das finanças públicas é destacada, com o Comité a concluir que o défice global das operações do Governo central foi reduzido, em dezembro, de 2,6 para 1,8% do Produto Interno Bruto, "com o aumento significativo dos donativos e contínua redução das despesas com a aquisição de ativos fixos".

O comunicado refere que os indicadores disponíveis "sugerem que o enquadramento externo, ainda que menos favorável, continuou a beneficiar a procura externa dirigida ao país e o financiamento na economia nacional, além de contribuir para a redução da inflação importada".

Em concreto, aquele Comité "avaliou favoravelmente" o desempenho da economia nacional, "que terá mantido uma boa dinâmica no quarto trimestre de 2019", segundo "a evolução dos indicadores de tendência da atividade económica", bem como o "crescimento comedido" da inflação, cuja taxa de variação média anual se fixou em 1,2% no mês de janeiro.

É ainda destacada a melhoria da balança corrente, que registou um défice de 2.908 milhões de escudos (26,1 milhões de euros) nos primeiros três trimestres de 2019, "valor três vezes inferior ao registado no período homólogo, reflexo, sobretudo, do aumento das exportações de serviços".

O comunicado do Comité de Política Monetária aponta ainda para o aumento das reservas oficiais do país em 2019, em cerca de 133 milhões de euros, "em resultado do bom desempenho da balança corrente e crescimento significativo dos desembolsos da dívida pública externa", o que levou à expansão da oferta monetária, "numa conjuntura de crescimento do 'stock' do crédito ao setor privado em 3,8%".

No que se refere ao mercado monetário, os dados analisados pelo comité "indiciam uma redução do excedente de liquidez bancária", na ordem dos 4% em dezembro de 2019 face ao mês anterior, decréscimo que "resulta, em larga medida, das operações de absorção de liquidez levadas a cabo pelo banco central".

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