"Agora ninguém pode ser impedido de entrar num local de trabalho"

O líder da CGTP, Arménio Carlos, anunciou hoje, no congresso da intersindical, que recebeu um parecer da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) que permite aos sindicatos entrarem nas empresas onde não há delegados sindicais.

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Lusa
14/02/2020 15:07 ‧ 14/02/2020 por Lusa

Economia

CGTP

 

"Ontem [quinta-feira], depois de muita pressão sobre o Governo acabámos de receber o parecer da Direção-Geral das Relações de Trabalho que [diz que] a partir de agora ninguém pode ser impedido de entrar num local de trabalho, tenhamos ou não organização", anunciou Arménio Carlos.

"Abrimos a porta, agora é preciso fazer o caminho", sublinhou o secretário-geral da CGTP na sua intervenção inicial na reunião magna da intersindical que decorre hoje e no sábado na Arrentela, Seixal (Setúbal).

"Vamos dizer àquelas empresas onde não temos delegado sindical ou trabalhadores sindicalizados que agora vão ter os trabalhadores oportunidade de escolher (...) e lá estaremos com eles para lutar por melhores condições de trabalho", continuou Arménio Carlos, arrancando fortes aplausos dos participantes no congresso.

O parecer da DGERT a que a Lusa teve acesso, conclui que o artigo 460.º do Código do Trabalho "visa permitir a plenitude do exercício da atividade sindical na empresa, enquanto direito fundamental na Lei Fundamental, incluindo o acesso de representantes sindicais em empresa, (...) mesmo que não existam delegados sindicais, comissões sindicais e comissões intersindicais nem filiados conhecidos do empregador".

O parecer, que foi solicitado pelo Governo, segue agora para o Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise.

O XIV Congresso da CGTP começou hoje, no Seixal, e é marcado pela saída de um terço dos dirigentes do Conselho Nacional e de nove membros da Comissão Executiva, incluindo o secretário-geral, que será substituído por uma mulher, Isabel Camarinha.

Esta reunião magna vai concretizar uma das maiores renovações da central sindical, que completa este ano 50 anos, e que é determinada principalmente pelo limite de idade.

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