Falhas no provedor internacional deixam internet em Cabo Verde instável
Cabo Verde está desde quarta-feira à tarde com um "problema de grave" de instabilidade nos serviços de Internet, provocados por falhas no provedor internacional do serviço, divulgou hoje a Cabo Verde Multimédia.
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Economia Cabo Verde
Em comunicado com data de quarta-feira e enviado hoje à agência Lusa, a CV Multimédia começou por informar que desde às 16:28 locais de quarta-feira (mais uma hora em Lisboa) que o país vive um "problema de grave instabilidade nos serviços de internet".
"Tal facto deve-se a falhas registadas no provedor internacional de internet, a TATA Communications", esclareceu a CV Multimédia, em nota assinada pelo presidente da operadora de telecomunicações cabo-verdiana CV Telecom, José Luís Livramento.
A operadora acrescentou que aconteceram avarias no encaminhamento do tráfego desde o provedor na ligação Lisboa - Londres, há alguns dias, e desde quarta-feira na ligação terrestre Lisboa - Madrid, que suportava o escoamento.
"Tendo em conta um outro problema do cabo WACS, que se verifica há alguns dias no troço a sul de África, a TATA informou à CV Multimédia que, neste momento, é impossível entregar o serviço de internet em condições de qualidade, pois as vias possíveis estão cortadas", prossegue-se no esclarecimento.
A operadora de telecomunicações avançou que não se prevê uma resolução dos problemas "nas próximas horas", pelo que referiu que está à procura de alternativas que possam levar à reposição do serviço de internet a nível nacional.
A outra operadora de telecomunicações de Cabo Verde, a Unitel T+, também enviou uma mensagem aos seus clientes, informando que o "uso dos serviços internet móvel e fixo estão indisponíveis a nível nacional" e que "esforços estão a ser feitos para a resolução".
Mesmo com a instabilidade no serviço, hoje é possível aceder a alguns sites, inclusive ao e-mail, mas outros não, como alguns jornais e redes sociais.
Em fevereiro de 2018, o Governo cabo-verdiano anunciou a criação de uma nova empresa para gerir a rede de telecomunicações do Estado, serviço até agora administrado pela empresa Cabo Verde Telecom.
Ao anunciar a medida saída do Conselho de Ministros, o ministro Fernando Elísio Freire disse que a decisão, "muito bem ponderada e acordada entre os operadores", serviria para "aumentar e democratizar o acesso às telecomunicações, promover a economia digital, internacionalizar-se e reforçar a regulação, mais eficiente, muito forte".
A ideia, segundo o governante, é fazer a separação entre o negócio grossista e o a retalho, que será feita pela CV Telecom e outras empresas que estão no setor das telecomunicações.
No mesmo processo, o ministro referiu que o Governo vai renegociar o atual contrato de concessão com a CV Telecom, que expira em 2021.
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