Efacec. Arresto a Isabel dos Santos levará a despedimentos?

O Sindicato das Indústrias Transformadoras e Energia do Norte admitiu hoje "apreensão" com o arresto das contas e participações em empresas da empresária angolana Isabel dos Santos, mas avisa que não pode ser pretexto para novos despedimentos na Efacec.

Empresa de diamantes sai de joalharia de luxo de Isabel dos Santos

© Reuters

Lusa
07/01/2020 16:21 ‧ 07/01/2020 por Lusa

Economia

Efacec

 

Num esclarecimento enviado à agência Lusa, o Site-Norte admite "apreensão" com a situação, apesar de o arresto "não abranje[r] as empresas em Portugal, nomeadamente o grupo Efacec" -- onde a filha do antigo Presidente de Angola José Eduardo dos Santos é a maior acionista, através da Winterfell Industries -- e garante estar "atento" na defesa dos interesses dos trabalhadores.

"Esperamos que o grupo Efacec não use este arresto para continuar com a política de retirada de direitos, com a manutenção dos processos disciplinares, despedimentos coletivos e outras pressões que tem utilizado para despedir trabalhadores qualificados", sustenta.

Recordando que a Efacec "completa 72 anos de existência este ano" e é "uma empresa de referência e de grande importância para a indústria portuguesa", o sindicato garante que tudo fará, "sempre em articulação com os trabalhadores, para que a Efacec continue a laborar por muito e longos anos".

O Tribunal Provincial de Luanda anunciou em 30 de dezembro que decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais de Isabel dos Santos, do marido, Sindika Dokolo, e do português Mário da Silva, além de nove empresas nas quais a filha do antigo Presidente angolano detém participações sociais.

Em Portugal, Isabel dos Santos detém participações em Portugal em setores como a energia (Galp e Efacec), telecomunicações (NOS) e banca (EuroBic).

A decisão do Tribunal realça o papel crucial desempenhado por José Eduardo dos Santos no negócio de diamantes da filha e do seu marido, Sindaka Dokolo.

No despacho-sentença é dito que em audiência de produção de prova, ouvidas as testemunhas, resultou provado, entre outros factos, que, em agosto de 2010, o executivo angolano, chefiado por José Eduardo dos Santos decidiu comercializar diamantes angolanos no exterior do país.

Na sequência do anúncio da decisão do tribunal, a empresária afirmou que nunca foi notificada ou ouvida no âmbito no inquérito que levou ao arresto das suas contas em Angola, negando as acusações em que é visada num processo que afirma ser "politicamente motivado".

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