Segundo o ministro, que falava em Lisboa durante uma conferência organizada pelo Dinheiro Vivo, o valor da carteira "impressiona", sobretudo se for analisada a sua composição.
A carteira de investimentos aprovados está "executada em 62% neste momento", disse.
"Trata-se de uma carteira com investimentos de mais de mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento, muitas empresas médias, com novos processos e produtos quase todos orientados para a exportação", disse Nelson de Souza, referindo, no entanto, que nem todos terão já atingido o seu "ano cruzeiro".
"Executemos, pois, com sucesso aquilo que nos falta fazer", disse ainda o ministro, referindo que com 4,2 mil milhões de euros programados, mas ainda por executar, o investimento "legitima e ajuda a reclamar a continuidade de novos fundos estruturais para continuar a apoiar estas dinâmicas".
Também presente na conferência, o responsável pela PwC Portugal António Brochado identificou várias áreas nas quais acredita que Portugal deverá apostar na próxima década para melhorar a sua posição nas cadeias de valor globais, nomeadamente investir mais no pré-escolar e na requalificação profissional.
O especialista considera também determinante "uma aposta mais significativa na economia do mar" e uma reaproximação da economia portuguesa à de países africanos como Moçambique e Angola.
Aumentar a velocidade na adoção das tecnologias como a inteligência artificial serão também fundamentais, disse.
O economista João Duque, igualmente presente na conferência alertou, por sua vez, para a necessidade de uma maior "estabilidade fiscal".
"Não há ninguém que venha trabalhar para Portugal porque os impostos são baixos, é preciso ganhar bem e que as empresas paguem, mas é preciso existir confiança. É necessária uma política fiscal estável", disse.