A eToro, que é uma espécie de rede social que permite a compra e venda de ações, obrigações e outro tipo de ativos, conta com uma comunidade de "12 milhões de utilizadores" em 140 países, disse à Lusa Tali Salomon, responsável da tecnológica para o mercado ibérico e América Latina.

"Estamos à procura de parceiros em Portugal", adiantou, salientado que a eToro pretende "ajudar na educação financeira do mercado português".

Questionada sobre o tipo de parcerias, a responsável disse que são de "vários tipos", onde se inclui analistas e empresas que queiram trabalhar com a 'fintech' de origem israelita.

Sobre se o mercado português é atrativo, Tali Salomon disse que sim e que "ainda tem muito para crescer".

E se Espanha "é uma porta de entrada para a América Latina", Portugal é "a ponte" para o Brasil, acrescentou.

Portugal e Brasil representam 23% dos clientes da região ibero-americana

O mercado ibérico representa 5% dos utilizadores da tecnológica. Dos utilizadores ibéricos, 8% são portugueses.

"Queremos ter mais ações portuguesas" na oferta da plataforma, disse a responsável.

A eToro nasceu em Telavive e atualmente tem presença física em Chipre, Reino Unido e China.

"Entrámos em expansão nos Estados Unidos", referiu, adiantando que o Brasil é um mercado de aposta da plataforma.

Afirmando não existir "concorrentes com o leque abrangente" de oferta que a eToro tem, apontou que a plataforma tem como "vantagem" ajudar os seus utilizadores a investir no mercado financeiro.

"Para mim, a maior vantagem é se não sabe o que se passa no mercado financeiro, a eToro dá essa informação", sublinhou Tali Salomón.

A eToro não revela dados da faturação, mas adianta que as receitas são obtidas através de comissões.

Comprar futuros de petróleo, negociar criptomoedas ou simplesmente a compra e venda de ações são alguns dos serviços que a plataforma possibilita.

Desde 2007, data em que foi fundada, a eToro tem vindo "a crescer de forma exponencial a nível mundial como plataforma de investimento em multiativos", contando atualmente com 800 trabalhadores.

Leia Também: Bloco quer acabar com "cortes da Troika" no Código do Trabalho