Bruxelas está mais otimista. Vê economia portuguesa a crescer 2% este ano
A Comissão Europeia melhorou hoje em três décimas a previsão de crescimento económico de Portugal para 2% este ano, uma décima acima do esperado pelo Governo, e manteve a anterior previsão de 1,7% em 2020.
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Economia previsões económicas
Nas previsões económicas de outono divulgadas hoje em Bruxelas, o executivo comunitário estima que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal cresça 2% este ano, acima da anterior estimativa de 1,7% divulgada em julho e uma décima acima da previsão do Governo.
Já para 2020, a Comissão Europeia manteve em 1,7% a previsão para o crescimento da economia portuguesa, abaixo do antecipado pelo executivo português.
Nas anteriores previsões económicas de verão, publicadas em 10 de julho - as chamadas previsões "intercalares", apenas com projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e inflação -, a Comissão previu que a economia portuguesa cresça 1,7% do PIB tanto este ano como no próximo, abaixo, portanto, das expectativas do Governo.
O Projeto de Plano Orçamental enviado para Bruxelas há três semanas prevê que a economia portuguesa desacelere de um crescimento de 2,4% em 2018, para um crescimento de 1,9% em 2019 e volte a acelerar para um crescimento de 2% no próximo ano.
Bruxelas também está mais otimista quanto ao défice
A Comissão Europeia melhorou também a previsão para o défice português este ano, para 0,1% do PIB, dos anteriores 0,4%, e também para 2020, antecipando agora um "défice zero", alinhando com as previsões do Governo.
Bruxelas estima assim uma redução para 0,1% do PIB, face ao défice de 0,4% registado em 2018, quando nas previsões de primavera, em maio, antecipava um défice de 0,4%.
Também para 2020, o executivo comunitário melhorou para "défice zero" (0% do PIB) a estimativa para o saldo orçamental, face ao défice de 0,1% estimado em maio.
"Prevê-se que o défice das administrações públicas diminua para 0,1% do PIB em 2019, apoiado por receitas cíclicas ainda dinâmicas, redução das despesas com juros e um investimento público abaixo do orçamentado", indica a Comissão no documento.
"No entanto, [o défice] é negativamente afetado por uma nova ativação do mecanismo de capital contingente do Novo Banco (0,6% do PIB)", acrescenta o executivo comunitário, adiantando que, "excluindo esta e outras medidas extraordinárias, o saldo orçamental deve atingir um excedente de 0,5% do PIB" este ano.
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