Dia da Igualdade Salarial. Mulheres 'perdem' 54 dias de trabalho por ano
Apesar de Portugal ser um dos países com mais medidas para garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres no mercado, a verdade é que a desigualdade de género ainda é uma realidade.
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Economia igualdade salarial
Os homens continuam a receber salários mais elevados do que as mulheres, sendo que em Portugal essa diferença ainda chega perto dos 20%, de acordo com dados do INE, divulgados em março. Ainda assim, Portugal é dos países onde há mais medidas para garantir a igualdade entre os dois géneros no mercado.
Esta segunda-feira celebra-se o Dia da Igualdade Salarial, mas a verdade é que a igualdade ainda não é uma realidade.
A disparidade salarial em Portugal faz com que as mulheres ganhem cerca de menos de 150 euros por mês - e menos de 2.100 euros por ano -, o que significa que "a disparidade salarial em Portugal corresponde a uma perda de 54 dias de trabalho remunerado para as mulheres", de acordo com dados adiantados pelo Governo em fevereiro.
A lei pela igualdade remuneratória entre homens e mulheres por trabalho igual ou de igual valor entrou em vigor em fevereiro e tem como objetivo "promover um combate eficaz às desigualdades remuneratórias entre homens e mulheres".
Portugal entre os países com mais medidas para igualdade no mercado
Portugal é dos países da União Europeia que mais medidas tem tomado para atingir a igualdade de género no mercado de trabalho, de acordo com Joana Gíria, presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE).
"Nos últimos cinco ou seis anos Portugal é um dos estados da União Europeia (UE) com uma preocupação mais abrangente em relação à igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho", disse hoje à agência Lusa Joana Gíria.
O mais recente Índice sobre Igualdade de Género, revelado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género, coloca o país em 16.º lugar entre os em 28 países da UE, numa subida de sete posições em relação ao ano de 2005.
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