O índice Gfk, calculado com base numa amostra efetuada a 2.000 pessoas, fixou-se em 9,7 pontos em setembro, o mesmo valor observado em agosto, segundo os últimos dados divulgados.

A economia alemã, no entanto, contraiu-se 0,1% no segundo trimestre deste ano, o que é explicado pela queda das exportações, resultante da deterioração da procura externa e do aumento das barreiras alfandegárias.

Segundo o instituto alemão, os valores de setembro e agosto interrompem a tendência de queda observada a partir de março (10,5 pontos).

Embora em junho o índice Gfk tenha passado para 10,1 pontos e em julho para 9,8 pontos, nos meses de abril e maio este indicador estabilizou-se nos 10,2 pontos, em ambos os meses.

Caso o Produto Interno Bruto (PIB) alemão volte a contrair-se no terceiro trimestre deste ano, a economia germânica entrará em recessão técnica, mas o índice Gfk em setembro aponta para que o sentimento das famílias alemãs leve a que continuem a gastar tornando-se um importante apoio ao crescimento da economia, uma vez que as exportações têm denotado uma desaceleração.

A procura interna, refere o instituto Gfk, pode vir a ter um papel importante com o desemprego em níveis baixos, o crescimento dos salários acima da inflação e o custo dos empréstimos em mínimos históricos.

O instituto alemão, contudo, dá nota de que as expectativas dos consumidores estão no nível mais baixo dos últimos seis anos e meio.

O investigador do instituto de Nuremberga Rolf Bürkl, por sua vez, alertou para o facto de uma situação de turbulência económica "estar no horizonte" dos consumidores germânicos, lembrando que as tensões comerciais sino-americana e o 'brexit' não favorecerem o crescimento económico da Alemanha que pode estar à beira de uma recessão técnica no terceiro trimestre deste ano.

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