Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol (ex-Portugal Telecom) informa ter recebido do BCP a notificação de participação qualificada referente a 9,99% dos direitos de voto da empresa, com efeitos desde 30 de julho passado.
Segundo o BCP, esta imputação de direitos de voto inerentes "resulta dos termos e condições de penhores financeiros que incidem sobre ações (as quais continuam a ser detidas pelo respetivo titular) e que presentemente permitem ao Banco Comercial Português, S.A. vir a apropriar-se das ações ou exercer os respetivos direitos de voto".
Em causa num financiamento concedido pelo BCP à High Bridge tendo como garantia financeira associada a participação no capital da Pharol. Na sequência da entrada em incumprimento por pate da High Bridge, o banco liderado por Miguel Maya acionou a garantia, tendo por isso passado a ser imputados ao banco os direitos de voto associados às ações em causa (que continuam, contudo, a ser detidas pela High Bridge).