O governante responsabilizou a União Europeia pelo impasse relativo a um novo acordo, que se mantém desde 2015: "Estamos à espera da União Europeia, nós estamos sempre em prontidão", afirmou Mondlane à agência Lusa, à margem do encontro Oceans Meeting, que decorre hoje e sexta-feira em Lisboa.
"Foi muito importante ouvir aqui o comissário europeu para as Pescas e Assuntos Marítimos [Karmenu Vela] falar da necessidade de observância das Medidas do Estados do Porto da FAO [um acordo internacional que visa combater a pesca ilegal e não declarada] porque um dos aspetos que estamos a negociar com a União Europeia é que o acordo respeite essas medidas", assegurou.
Em fevereiro, Mondlane acusou a UE de falta de transparência e de impedir a aplicação de cláusulas relativas à fiscalização de capturas a bordo das embarcações, acusações essas negadas pelas autoridades europeias.
Sem querer detalhar em concreto o que está a ser negociado "porque o assunto está na mesa negocial", o ministro reforçou: "O que posso dizer é que estamos sempre em prontidão à espera da União Europeia para fecharmos isso".
Sobre os obstáculos que é necessário ultrapassar para concluir as negociações, Mondlade considerou que as explicações devem ser dadas pela União Europeia.
"Do nosso lado não falta nada, todas as cartas estão na mesa", garantiu o responsável moçambicano com a tutela das pescas.