Economia norte-americana dá sinais de desaceleração em abril
A economia norte-americana deu sinais de abrandamento em abril, com uma descida inesperada das vendas a retalho e da produção industrial, de acordo com dados divulgados hoje.
© Reuters
Economia EUA
Numa altura em que o presidente Donald Trump se envolveu numa nova disputa comercial com Pequim, o índice das vendas a retalho registou um recuo de 0,2% em abril face ao mês anterior, anunciou hoje o Departamento do Comércio.
Vários setores registaram uma descida de vendas, dos produtos de jardinagem aos de saúde, passando pela eletrónica e sobretudo pelo setor automóvel, que registou uma queda de 1,1%, sendo um dos mais importantes da economia norte-americana.
As vendas a retalho dão uma primeira ideia dos gastos dos consumidores, que são considerados o motor do crescimento económico dos Estados Unidos.
No mês passado, a produção industrial nos Estados Unidos recuou de novo (0,5%), segundo números da Reserva Federal. Na produção do setor automóvel (veículos e peças) a descida foi de 2,6%.
A produção industrial relativa ao primeiro trimestre também foi revista em forte baixa para um valor negativo de 1,9%, em vez da descida de 0,3% calculada inicialmente.
As previsões dos analistas para 2019 antecipam um abrandamento do crescimento económico norte-americano, uma vez que as medidas adotadas pela administração Trump para estimular a atividade se estão a dissipar.
A tensão comercial entre os Estados Unidos e os seus principais parceiros comerciais pode acentuar essa desaceleração.
Hoje também foram divulgados indicadores relativos à China, onde as vendas a retalho cresceram em abril ao ritmo mais lento dos últimos 16 anos, enquanto a produção industrial e o investimento em ativos fixos ficaram aquém das expectativas, refletindo o abrandamento na economia chinesa.
O principal indicador do consumo privado subiu 7,2%, segundo dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas chinês (GNE), o ritmo mais lento desde 2003.
A produção industrial cresceu 5,4%, abaixo do previsto pelos analistas, que apontavam para uma subida de 6,5%.
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