"Os CTT - Correios de Portugal informam que o senhor Dr. Francisco de Lacerda, vice-presidente do Conselho de Administração e CEO [Presidente Executivo] da sociedade, apresentou nesta data renúncia a estes cargos com efeitos nos termos legais", lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com a informação remetida ao mercado, Francisco de Lacerda decidiu renunciar aos cargos "por entender ser do interesse da sociedade proceder a uma transição da liderança da equipa executiva dos CTT nesta fase, em que se encontram consolidados os três pilares críticos da estratégia aprovada para o mandato 2017/19".
O responsável considerou ainda que os CTT devem agora focar-se nos desafios que vão enfrentar no mandato 2020/22, "com destaque para o quadro contratual e regulatório da concessão do serviço postal universal".
Os CTT indicaram também que o Conselho de Administração e a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações "diligenciarão no sentido de promover a sua substituição, mantendo os acionistas da sociedade e o mercado prontamente informados".
O lucro dos CTT recuou 28% no ano passado, face a 2017, para 19,6 milhões de euros, "influenciado pelas indemnizações pagas por rescisão de contratos de trabalho por mútuo acordo", conforme divulgou a empresa em 20 de fevereiro.
Em comunicado enviado à CMVM na altura, os CTT referiram que o resultado líquido reportado diminuiu 7,6 milhões de euros em 2018, face a 2017, ou seja, menos 28%, "influenciado pelas indemnizações pagas por rescisão de contratos de trabalho por mútuo acordo de 20,7 milhões de euros (+6,1 milhões de euros), sobretudo no âmbito do Plano de Transformação Operacional".
Por sua vez, os rendimentos operacionais subiram 1,4% no período em análise, para 708 milhões de euros, e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) ficou quase inalterado, ao avançar ligeiros 0,6% para 90,4 milhões de euros.
Na sessão de hoje da bolsa, os CTT subiram 0,77% para 2,34 euros.