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Investidor minoritário português critica manobras de Fridman no DIA

O investidor português Luís Amaral, que tem 2% do grupo de supermercados DIA, criticou hoje as manobras do milionário russo Mijaíl Fridman que em sua opinião contribuem para o "aumento da incerteza sobre a companhia".

Investidor minoritário português critica manobras de Fridman no DIA
Notícias ao Minuto

12:43 - 08/05/19 por Lusa

Economia Empresas

"Ainda não há notícias sobre como propõe a LetterOne [empresa de Fridman] chegar a um acordo com os bancos, situação que, uma vez mais, contribui para o aumento da incerteza", afirma Luís Amaral num comunicado da Western Gate, empresa de que é dono.

O investidor português refere que a OPA (oferta pública de aquisição) lançada pela LetterOne já foi prorrogada e modificada três vezes, o que "não é favorável para a situação financeira da companhia enquanto não se alcance um acordo com as entidades financeiras".

Fridman, que controla 29% da cadeia de supermercados através da LetterOne, decidiu abolir o limite mínimo exigido na OPA, depois de receber a aprovação do regulador para modificar sua oferta, sem precisar de aumentar o preço proposto, 67 cêntimos por ação.

Na prática, essa medida assegura o sucesso da OPA, independentemente do grau de apoio obtido entre os demais acionistas.

Luís Amaral anunciou no final de abril que não se iria desfazer da posição que tem na empresa, considerando inadequado o preço oferecido de 0,67 euros por ação.

O investidor português comunicou na altura que continua a acreditar no valor do DIA e que o preço de 0,67 euros por ação não reflete adequadamente o valor da companhia.

A posição do português juntou-se à de outros acionistas de referência, como a Naturinvest, que detém 3,261%, e dificultava ainda mais as pretensões de Mikhail Fridman de vir a controlar o grupo DIA.

O Conselho de Administração do Grupo DIA recomendou em 10 de abril último aos acionistas da empresa que aceitem a OPA lançada por Mikhail Fridman, por entender que "esta é a melhor alternativa".

O grupo DIA, que celebra o seu 40.º aniversário este ano, tem atualmente uma rede de mais de 6.100 lojas e mais de 43.000 trabalhadores espalhados por Espanha, Portugal (Minipreço), Brasil e Argentina.

As vendas do grupo têm vindo a cair nos últimos três anos -- passaram de 9.000 milhões de euros em 2015 para 7.288 milhões em 2018 --, devido, entre outros fatores, ao aumento da concorrência em Espanha, onde passou da segunda para a terceira posição em termos de quota de mercado.

A empresa encontra-se num processo de dissolução por quebra técnica desde finais de 2018 e deve resolver a situação rapidamente para recuperar o equilíbrio e evitar a abertura de um processo de liquidação.

Em Portugal, o grupo DIA tinha no final do ano passado 223 estabelecimentos próprios e 309 franchisados com as marcas Minipreço, Mais Perto e Clarel.

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