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Josefinas. Dos "sapatos bonitos" a "um mundo melhor para as mulheres"

Meghan Markle, Olivia Palermo e Chiara Ferragni são alguns dos nomes de personalidades que já mostraram ser fãs da marca de calçado portuguesa, mas a Josefinas é mais do que isso. Nasceu num concurso de ideias, o nome é uma homenagem à avó de uma das fundadoras, e já revelou ser uma voz ativa em questões relacionadas com a mulher.

Josefinas. Dos "sapatos bonitos" a "um mundo melhor para as mulheres"
Notícias ao Minuto

09:10 - 04/04/19 por Beatriz Vasconcelos

Economia Maria Cunha

A Josefinas é uma marca de calçado portuguesa que tem conquistado os pés de celebridades internacionais. Mas não só. Conhecida pelas sabrinas, ou bailarinas, todo o calçado da Josefinas é 100% português, fabricado em São João da Madeira, distrito de Aveiro, numa fábrica com quatro homens e três mulheres. 

E as Josefinas são precisamente para as mulheres e pelas mulheres. A campanha 'You Can Leave', feita em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), foi considerada uma das melhores do mundo pela AdForum

A marca viajou rapidamente para os EUA, onde abriu uma loja física, em Nova Iorque, mas o objetivo agora é fortalecer o comércio online.

O nome escolhido é uma homenagem à avó de Filipa Júlio Guedes, uma das fundadoras da empresa, que apresentou a ideia num concurso em que Maria Cunha era jurada. Atualmente, a Maria é a CEO das Josefinas e com quem o Notícias ao Minuto falou sobre o caminho até aqui e as perspetivas para o futuro.  

Como surgiu o nome Josefinas?

O nome Josefinas surge em homenagem à avó da Filipa, uma das sócias fundadoras, que conheci num concurso de ideias, onde eu fazia parte do júri. A avó da Filipa, que se chamava Maria Josefina, costumava levar a Filipa ao ballet quando era criança. Dado que íamos fazer sabrinas, dar o nome Josefinas pareceu-nos uma bonita homenagem.     

A Josefinas produz calçado em Portugal e a única loja física que tem é nos EUA. Por que razão tomaram esta decisão?

Sim, as nossas criações são produzidas em Portugal. Por um lado, em Portugal faz-se calçado muito bom; por outro, prende-se com controlo de qualidade. A decisão da loja física nos EUA foi uma decisão de marketing: os EUA são o nosso segundo maior mercado e trabalhamos para que seja o primeiro.

Notícias ao MinutoAs Josefinas 'nasceram' num concurso de ideias, no qual a atual CEO era júri. © Josefinas

Recentemente começaram a dar os primeiros passos no mercado asiático, esta caminhada é para continuar?

É uma nova experiência. Sabemos que vender online para o Japão é uma jornada complexa, e estamos a entrar no mercado chinês através de um 'marketplace' de luxo. Considero que é ainda muito recente para comentar esta aventura.

A nossa grande ambição não é criar sapatos bonitos, mas sim um mundo melhor para as mulheresA última campanha da Josefinas sobre o dia da mulher foi considerada uma das melhores do mundo. O que é que isto significa para vocês?

Um orgulho gigante e um sentido de que fazemos algo com significado. Desde que a Josefinas nasceu que a nossa grande ambição não é apenas criar sapatos bonitos, mas sim um mundo melhor para as mulheres. E esta sensação de que fazemos, nem que seja pequenos gestos com significado, é algo indescritível.

Esta campanha, em parceria com a APAV, acabou por ajudar cinco mulheres por cada venda. Em que é que esta dimensão social é importante para a Josefinas?

Já tínhamos uma parceria com a APAV há mais de meio ano, [altura em que] criamos uma linha de sapatilhas e atacadores solidários, que contribuem para a APAV, numa campanha chamada 'You Can Leave'. Esta ideia das t-shirts derivou dessa primeira linha e da nossa vontade constante de poder ajudar mulheres especificamente neste ambiente, um em que já estive e do qual sou filha.

Notícias ao MinutoCampanha das Josefinas sobre violência doméstica foi considerada uma das melhores do mundo.© Josefinas

"Fashion against domestic violence". De que forma é que a moda pode ajudar?

Nós ajudamos não só com um valor das t-shirts, mas também através da consciencialização deste problema, que por coincidência este início de ano parece ser um assunto ao qual as pessoas prestam atenção. As pessoas prestam muita atenção à moda, e se pudermos aliar um fator ao outro por que não o fazer?

Falando agora da indústria do calçado em Portugal, qual é a visão que tem do setor?

É um setor muito importante para o nosso país, mas que ainda necessita de trabalhar um pouco para ter uma qualidade semelhante ao italiano. Mas sem dúvida que caminhamos para lá. Também acho que faz falta as fábricas estarem preparadas para pequenas produções, especialmente para trabalharem com empresas que vendem exclusivamente online, e que não têm necessidade de fazer stocks, pois lançam coleções constantemente.

Quantos pares de calçado é que a Josefinas fabrica em Portugal e quantos desses é que vão lá para fora?

Depende. Bailarinas vendemos mais em Portugal e na Europa, para os EUA exportamos mais sapatilhas.

Quem são as pessoas que fabricam o calçado da Josefinas, que é utilizado por personalidades como a Meghan Markle ou a Olivia Palermo? Como é que é esse processo?

São sete pessoas, três mulheres e quatro homens, numa pequena fábrica em S. João da Madeira. Este é o nosso primeiro fornecedor, o primeiro a criar o primeiro par de Josefinas e que ainda hoje é o mesmo. Somos-lhe muito gratas pois sempre nos ajudou e acreditou em nós desde o dia que lhe fomos bater à porta.

Notícias ao MinutoMegan Markle foi uma das personalidades que mostrou ser fã da marca portuguesa.© Josefinas

Em Portugal, a expectativa é continuarem sem ter uma loja física?

Sim, para já sim. Estamos à distância de um clique. É mais fácil do que a ida a uma loja.

Olhando agora para os próximos anos, quais são as perspetivas? As colaborações com outros designers são para continuar?

Sim, queremos continuar com as colaborações, adoramos as colaborações, e queremos crescer ainda mais no online, mais especificamente nos EUA.

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