O Bankinter anunciou hoje que teve um lucro de 403,6 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2018, um aumento de 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com resultados antes de impostos em Portugal de 43,5 milhões (+75%).
Em declarações à Lusa, à margem da conferência "O Futuro do Dinheiro", organizado pelo Dinheiro Vivo, TSF e EY, Alberto Ramos considerou que o desempenho do Bankinter em Portugal "é muito positivo".
"Diria que está acima daquilo que era as nossas expetativas quando chegámos a Portugal, em abril de 2016", acrescentou, apontando o crescimento de 75% face ao período homólogo.
Nos primeiros nove meses do ano, o "crédito cresce significativamente, quer na dimensão de particulares, quer fundamentalmente nas empresas. A nossa grande aposta é ao nível do crédito às empresas, que cresce 45% face ao ano anterior", sublinhou.
Sobre o futuro, o gestor afirmou: "Estamos mais que otimistas, estamos motivados e animados para dar sequência a este percurso que temos feito em Portugal".
Relativamente ao setor imobiliário, o presidente do Bankinter Portugal considerou que "há um desfasamento entre a oferta e a procura", o que levou a um "aumento de preço significativo em algumas zonas" do país.
No entanto, "acreditamos que no próximo ano tal se irá reduzir significativamente", concluiu.
O banco espanhol divulgou hoje que a carteira de crédito que tem em Portugal alcançou um volume de 5.300 milhões de euros, mais 12% do que há um ano, sendo "significativo" o crescimento do crédito nos segmentos de Banca de Empresas, mais 45%.
No que se refere aos recursos, o seu crescimento em Portugal foi de 8%, para 4.100 milhões de euros e os geridos fora de balanço registam um crescimento de 17%.
A margem bruta do Bankinter Portugal situa-se nos 93,2 milhões de euros no final de setembro, o que representa um crescimento de 20%, com resultados antes de impostos de 43,5 milhões de euros, mais 75% do que há um ano.