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Salários da Função Pública vão sofrer aumentos de 3,1%, diz o Governo

Aumento dos salários será consequência do processo de descongelamento das carreiras.

Salários da Função Pública vão sofrer aumentos de 3,1%, diz o Governo
Notícias ao Minuto

07:48 - 06/09/18 por Beatriz Vasconcelos com Lusa

Economia 2019

O próximo ano deve chegar com boas notícias para os trabalhadores da função pública, já que vãoter aumentos salariais de 3,1%, em resultado do processo de descongelamento das carreiras, anunciou o Governo no final de quarta-feira. 

Assim sendo, o processo de descongelamento de carreiras na administração pública deve levar a um aumento de cerca de 750 milhões de euros das despesas com o pessoal em 2019, mais 3,7% face ao ano anterior, de acordo com um comunicado do gabinete do Ministério das Finanças, emitido após a reunião com as três estruturas sindicais da administração pública e ao qual o Notícias ao Minuto teve acesso. 

De acordo com o Governo, este valor significa que, em média, "os atuais trabalhadores da administração pública terão um aumento ao longo de 2019 de mais de 3,1% face a 2018".

A tutela garante ainda que mantém a intenção de concluir em 2019 a terceira e quarta fases de descongelamento das carreiras, "o que implica valorizações remuneratórias adicionais" em maio e dezembro do próximo ano.

"Desta forma pretende-se garantir, em apenas dois anos, a recuperação de nove anos de carreiras, o que constitui um esforço financeiro bastante elevado e um passo muito importante na valorização das carreiras dos trabalhadores e da normalização da administração pública", vincou.

As carreiras da função Pública estavam congeladas desde 2011.

Como corre a 'conversa'

O ministério liderado por Mário Centeno anunciou também às estruturas sindicais a intenção de conduzir a negociação em torno de duas linhas de orientação: em primeiro lugar, "cumprir os compromissos para consolidar um ciclo de recuperação de direitos e rendimentos" e, em segundo lugar, "gerir o presente e preparar o futuro com sustentabilidade".

No comunicado, o Governo, liderado pelo socialista António Costa, ressalvou ainda que o Orçamento "está em fase de elaboração", sendo as "opções desenhadas e articuladas em sede de negociação" nas próximas semanas.

No que se refere à revisão das carreiras, o Governo refere que entregou aos sindicatos os projetos de diploma para as carreiras de fiscalização e de inspeção, bem como um estudo sobre perfis funcionais para uma nova geração de carreiras de informática.

O que pensam os sindicatos

À saída do encontro, a Federação Sindical da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP) garantiu não aceitar "qualquer congelamento" salarial, apesar de estar disponível para negociar com o Governo uma contraproposta ao caderno reivindicativo da estrutura.

"Dissemos ao Governo que não aceitamos qualquer congelamento de salários para o futuro, já chega de congelamentos", disse o secretário-geral da FESAP, José Abraão.

Por sua vez, o Sindicato dos Quatros Técnicos do Estado (STE), que lidera a Frente Sindical, disse que esperava já ter recebido uma contraproposta do Governo, mas sublinhou que o Executivo mostrou "abertura para negociar".

"Esperávamos ter já uma contraproposta do Governo, mas reafirmámos as nossas prioridades, que é tudo o que está no caderno reivindicativo", indicou a presidente do STE, Maria Helena Rodrigues.

Já a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública garantiu que não abdica de aumentos salariais para 2019 e não descartou a possibilidade de avançar com formas de luta.

"O Governo deveria ter entregado a contraproposta desde o dia 01 de setembro. Nós não abdicamos dos aumentos salariais e não vamos na conversa dos 648 milhões no Orçamento do Estado para 2019, quando o Governo deu em 2018 728 milhões para o fundo de resolução", disse a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila.

A Frente Comum de sindicatos da Administração Pública, a Federação Sindical da Administração Pública e a Frente Sindical reivindicaram hoje aumentos saláriais entre os 3 e os 4%, a conclusão do processo de descongelamento das carreiras sem faseamento, o aumento do subsídio de refeição e a reposição de três dias de férias que perderam em 2012, entre outra coisas.

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