"Felizmente, o ano de 2013 tem sido um ano bom para a TAP no segmento aéreo. Temos taxas de ocupação nos aviões superiores às do ano anterior, temos tido também valores cobrados superiores e, portanto, estamos com uma receita e uma tesouraria acima daquilo que estava estimado", afirmou o secretário de Estado.
Sérgio Monteiro acrescentou que o Governo "está a fazer tudo" o que está ao seu alcance para "incrementar a eficiência da companhia e criar valor para que possa haver mais interessados" no processo de privatização.
Quando questionado sobre se a TAP vale mais hoje do que quando foi lançado o processo de privatização, que acabou por ser suspenso, o secretário de Estado respondeu: "A execução de 2013 é melhor do que a que estava no plano de negócios, o que significa que, potencialmente, vale mais".
Sérgio Monteiro afirmou que o Governo está a "cuidar bem" da transportadora aérea, mas sublinhou que a "capacidade de o Estado e dos gestores da companhia fazerem isso sem dinheiro adicional para recapitalizar a empresa é muito limitada".
Isto porque, reiterou, "o Estado não pode, por imposição comunitária e por incapacidade financeira, recapitalizar" a TAP.
Questionado sobre uma data para o relançamento da privatização, o secretário de Estado disse que a intenção do Governo é "retomar muito rapidamente" o processo.
Mas, para que tal aconteça, é necessário ter "um grau de certeza elevado" de que existirão "vários candidatos para a companhia aérea", defendeu.
No anteprojeto das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2014, a que a Lusa teve acesso esta semana, o Governo afirma que o processo de reprivatização da TAP será "relançado brevemente", mas não adianta datas.
A 20 de dezembro de 2012, o Governo anunciou que decidiu recusar a proposta de compra do grupo Synergy para a TAP, o único concorrente à privatização da companhia aérea nacional, por considerar que não tinham sido cumpridos requisitos previstos no caderno de encargos da operação.