A UGT admite participar numa greve geral em protesto contra as medidas de austeridade avançadas pelo Executivo liderado por Passos Coelho, embora tenha rejeitado rasgar o acordo de concertação social firmado recentemente.
"Estas medidas [de austeridade] precisam de grandes formas de luta", considerou o secretário-geral da UGT, João Proença, à saída de uma reunião com o secretário-geral do PS, António José Seguro, na sede do partido, em Lisboa.
O responsável disse que a UGT admite integrar uma greve geral de contestação às novas medidas, mas ressalvou que nada está acordado quanto a uma possível data.
João Proença rejeitou contudo a possibilidade de rasgar o acordo tripartido, alegando que isso significaria "acabar com o diálogo" social e "isso a UGT não quer".
O líder da UGT defendeu ainda que o Presidente da República "tem de ser pronunciar nos proximos dias" sobre as novas medidas anunciadas e considerou que é "inimaginável" que o PS não chumbe o próximo Orçamento do Estado (OE).
A UGT decidiu na terça-feira juntar-se às confederações patronais para pedir uma reunião urgente a Cavaco Silva para lhe reivindicar "uma posição clara" sobre as novas medidas de austeridades anunciadas pelo Governo.