Em comunicado ao mercado, a Oi justifica o adiamento com "uma reavaliação conjunta da companhia e dos auditores independentes em relação ao momento adequado para o reconhecimento contábil da reestruturação da dívida, novada nos termos do Plano de Recuperação Judicial".
A operadora -- da qual a Pharol é acionista de referência, com 27% das ações -- afirma que, na sequência do "adiamento da divulgação das informações financeiras relativas ao primeiro trimestre de 2018 e para garantir a estabilidade das expectativas do mercado", optou por antecipar alguns indicadores financeiros preliminares do seu resultado, com base em informações ainda não auditadas.
Assim, a operadora avança que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) no primeiro trimestre foi de 1,56 mil milhões de reais (0,36 mil milhões de euros ao câmbio de hoje).
A Oi está num processo de recuperação judicial desde 2016 com o objetivo de reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros).
O Plano de Recuperação Judicial propõe-se a reduzir o passivo da empresa, através da conversão de 72,12% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia.
A operadora brasileira esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.