Em comunicado, a empresa refere que o EBIT (resultados antes de juros e impostos) cresceu 57 milhões de euros (+17%) e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e Amortização) subiu 61,8 milhões de euros (10%), para 400,7 milhões e 677 milhões, respetivamente.
"Como principais contributos destacam-se o acréscimo das indemnizações compensatórias em 27,8 milhões de euros e a reversão de imparidades de 18,6 milhões de euros", refere a empresa que resultou da fusão da Refer com a Estradas de Portugal num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As receitas com portagens aumentaram 5% para 296,5 milhões de euros e a Contribuição de Serviço Rodoviário teve uma subida de 2%, atingindo os 685 milhões de euros.
Já os rendimentos provenientes da tarifa de utilização ferroviária cresceram 1%, somando 68,5 milhões de euros, "e verificou-se um aumento das Indemnizações compensatórias em linha com o estabelecido no Contrato Programa celebrado entre a IP e o Estado Português, em março de 2016", refere a empresa.
O rendimento correspondente às indemnizações compensatórias para 2017 foi de 68,4 milhões de euros, superior em 68% ao valor obtido no ano anterior, de acordo com o relatório e contas da empresa.
O resultado financeiro melhorou 39,1 milhões de euros, "principalmente devido à redução do 'stock' de dívida financeira em 101,5 milhões de euros".
"Com efeito, o serviço da dívida da IP e as novas necessidades de financiamento têm vindo a ser asseguradas, através de operações de aumento de capital que atingiram no ano [2017] o valor de 880 milhões de euros", refere a empresa.
A IP, liderada por António Laranjo, refere que a "performance positiva verificada no ano permitiu a redução da despesa global [...] em 50 milhões de euros, bem como a redução de 59 milhões de euros do nível do esforço financeiro público que o acionista tem de aportar à Empresa, traduzindo assim, uma efetiva redução da oneração sobre os contribuintes".
Os gastos com pessoal totalizaram 134,4 milhões de euros, menos 2,6 milhões de euros face a 2016, "não obstante a pressão orçamental verificada em 2017".
Esta pressão orçamental, refere a IP, "foi compensada, na comparação com 2016, pelo facto de neste ano terem sido especializados referentes à regularização do histórico de variáveis dos subsídios de férias e do 13.º mês, e respetivos encargos patronais".
O Grupo IP reduziu o efetivo, face a 2016, em 35 colaboradores, para um total de 3.697 trabalhadores.
A IP tem por objeto a conceção, projeto, construção, financiamento, conservação, exploração, requalificação, alargamento e modernização das redes rodoviária e ferroviária nacionais, incluindo o comando e controlo da circulação ferroviária.
A IP, cujo único acionista é o Estado Português, está sujeita à tutela dos Ministérios do Planeamento e das Infraestruturas e das Finanças.