Poucos dias depois de Adriano ter perdido a oportunidade de assinar pelo Internacional de Porto Alegre por chumbar nos exames médicos, o ex-empresário do ponta de lança brasileiro admitiu recear pela vida dele. A dificuldade de lidar com uma depressão profunda pode ter consequências desastrosas para a vida do ponta de lança que, na última década, brilhou em Itália, no Inter de Milão, alertou Gilmar Rinaldi.
O mais recente episódio da história de degradação em que se tem tornado o percurso profissional de Adriano, 31 anos, - desempregado desde novembro do ano passado, quando foi despedido por faltar aos treinos no Flamengo, tal como já sucedera no Corinthians - confirmou os piores receios de Gilmar Rinaldi. Em entrevista ao site brasileiro UOL, o agente conta como exigiu que o "acompanhamento psiquiátrico constante" fizesse parte do contrato com o Corinthians. Assim foi, mas "não adiantou".
Adriano, conta, tem uma depressão profunda, com a qual não consegue lidar. "Não tem essa história de má companhia. A história da morte do pai dele também já deu. Morreu há dois anos. Não é causa de nada. Falam também que a culpa é do morro do Cruzeiro, onde ele vai encontrar os amigos. Não acho. Eu subi lá, conheci o pessoal. É normal que o jogador mantenha suas raízes. A gente sai da favela, mas favela não sai da gente. O que tem no caso do Adriano é uma necessidade de mostrar que não abandonou as raízes. Mas ele exagera", explica este ex-futebolista e empresário, que receia pelo futuro do ponta de lança: "O que eu sei é que ele precisa ter acompanhamento médico sempre. Eu continuo tendo o Adriano como um filho, sempre que precisar de mim eu vou ajudar. Já o disse à mãe dele. Estou torcendo, repito, para a vida dele melhorar. Nem penso em futebol, isso é secundário".