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"Todos nós podíamos fazer muito mais"

Presidente da APAF fez um balanço do primeiro ano de trabalho, referindo temas como as agressões e o vídeo-árbitro.

"Todos nós podíamos fazer muito mais"
Notícias ao Minuto

08:10 - 17/05/17 por Notícias Ao Minuto

Desporto Luciano Gonçalves

Em entrevista ao jornal O Jogo desta quarta-feira, Luciano Gonçalves fez um balanço sobre o primeiro ano como presidente da APAF, abordando temas como agressões e vídeo-arbitro.

"Primeiro ano? Não posso dizer que foi calmo. Quando se começa um projeto novo e se fazem algumas alterações, é normal que as coisas se compliquem", começou por dizer, acrescentando que a arbitragem é "usada como arma de arremesso para justificar os insucessos desportivos. O árbitro é o bode expiatório."

"Todos nós podíamos fazer muito mais. Podíamos ter começado mais cedo a olhar para este assunto, pela gravidade que apresentava. Há um mês começou-se a trabalhar de forma diferente, mas adiámos o problema tempo demais. Embora o número de agressões tenha diminuído nas últimas três semanas, espero que se defina o que se pretende antes do início da próxima época."

Quanto ao vídeo-árbitro, Luciano Gonçalves referiu que é "uma boa ferramenta para ajudar o árbitro a crescer" mas que "não vai acabar com os erros e contestações".

"Se toda a estrutura do futebol quiser, haverá menos motivos para a especulação. Infelizmente sabemos que os erros continuarão a acontecer, mas é um objetivo da arbitragem, mesmo com o vídeo-árbitro, tentar errar menos. Não tenho dúvidas de que vai melhorar. Dá-nos mais tranquilidade havendo menos erros, ainda por cima com influência no impacto. Irá também mudar a forma de o comum adepto ver o futebol. Não vai acabar com o erro, mas é uma grande ajuda", terminou.

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