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"Saídas de Renato Sanches e Gaitán? No futebol não há milagres"

Toni acredita que a venda de jogadores vai ter, claramente, repercussões na próxima temporada.

Notícias ao Minuto

11:30 - 26/06/16 por Ruben Valente

Desporto Toni

Renato Sanches e Nico Gaitán saíram do Benfica a troco de 60 milhões de euros. Foram claramente dois jogadores importantes na conquista do tricampeonato e, para Toni, a sua ausência vai fazer-se notar.

Toni, antigo treinador das ‘águias’, em entrevista ao Desporto ao Minuto, perspetivou a próxima temporada e realçou que o Benfica ainda precisa de mais uns anos no topo para atingir a hegemonia do futebol português.

É inevitável não falar de uma das maiores vendas do Benfica dos últimos anos como foi a de Renato Sanches. Acha que o Benfica o deveria ter segurado mais uma temporada?

O Renato Sanches teve uma subida meteórica e foi muito importante na época do Benfica. É um jovem de 18 anos, com um grande potencial, e vai para um clube onde, de certeza, vai evoluir muito mais. Mas num país como o nosso, de clubes exportadores, o Benfica não tinha condições de o segurar. O que os clubes grandes fazem é potenciar os jogadores e vender, não há outra forma de fazer as coisas.

Falou numa ascensão meteórica de Renato Sanches. Acha que ele, sendo tão jovem, vai conseguir vingar no Bayern Munique?

Há um grande potencial no Renato. Mas é um campeonato muito diferente do nosso. No Bayern há também muita competitividade pela titularidade e isso são desafios que para um jovem se tornam aliciantes. Mas com o potencial dele, tudo leva a crer que tenha sucesso no Bayern. Espero que ele consiga transportar para lá todo esse potencial que demonstrou e que aprenda bastante, porque com 18 anos, ainda tem muita coisa para aprender.

E como vê as saídas de jogadores importantes, como o caso do Renato Sanches e do Gaitán? Acha que essas vendas vão ter repercussões na próxima época?

No futebol não há milagres. Se no teu núcleo de jogadores, perdes quatro ou cinco… é muito complicado. Estes dois são titulares importantes e são jogadores de grande qualidade. Isto obriga a que haja um scouting por parte do Benfica de estar sempre atento a outros jogadores que possam vir para o clube tentar substituir aqueles que partem. Mas já vimos casos como o de David Luíz, o Dí Maria, o Ramires, o Aimar… todos esses saíram e o Benfica conseguiu arranjar soluções. Mas claro, os treinadores gostavam de não perder os seus jogadores fundamentais. Mas a realidade dos três grandes portugueses é assim: Potenciar jogadores e vender.

Recuando alguns anos no tempo, o FC Porto tinha tido a hegemonia no futebol português. Mas agora, depois de três campeonatos conquistados pelo Benfica, acha que essa hegemonia pertence aos ‘encarnados’?

Não, ainda não se pode falar nisso. Foram largos anos que o FC Porto manteve essa hegemonia. Mas o que é indesmentível é que há um Sporting mais forte do que era há uns anos atrás, há um Benfica mais forte do que há uns anos atrás, e houve temporariamente um FC Porto menos bom. Mas isso não quer dizer que essa hegemonia tenha mudado para o Benfica. O FC Porto dominou durante cerca de 25 anos, enquanto o Benfica está por cima há seis, sete anos. O Benfica precisa de mais alguns anos para consolidar essa hegemonia.

Como antevê a próxima temporada? Quem aponta como candidato ao título?

Os três grandes vão continuar a disputar os três primeiros lugares e vai ser uma luta renhida. Não consigo destacar nenhum. Caso o Sporting consiga manter os seus principais jogadores, vai estar ainda mais forte. O Benfica, apesar das saídas, espero que possa manter o nível. Mas até 31 de agosto os clubes vão sofrer muitas alterações.

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