"É como um sonho, ganhar uma final na despedida. Sinto-me muito feliz, mas, claro, também há uma sensação de tristeza por saber que cheguei ao fim", afirmou Raúl, de 28 anos, depois de ter ajudado os New York Cosmos a derrotarem os Ottawa Fury, no jogo decisivo do segundo escalão norte-americano.
O avançado despediu-se oficialmente dos relvados e pôs fim a uma carreira de mais de duas décadas, grande parte passada no Real Madrid, clube que representou durante 16 anos.
"Sinto-me como um menino de bairro. Para mim o futebol é igual, seja jogado na rua, num relvado ou num estádio. É uma paixão de uma vida e vai continuar a ser a minha paixão", confessou.
Sobre o seu futuro, Rául referiu que vai começar "uma nova vida, um novo caminho, com um novo projeto", mas não quis adiantar mais detalhes.
Com o Real Madrid, o agora ex-futebolista conquistou, entre outros títulos, seis ligas espanholas, quatro supertaças e três ligas dos campeões.
"O Rául simboliza os valores e os princípios essenciais do código sagrado do 'madridismo'. É um exemplo de honestidade, trabalho, resistência e paixão pelo futebol. É uma lenda entre as lendas", escreveu o presidente do Real Madrid, Florentino Perez, no site oficial do clube, agradecendo os 741 jogos que disputou com a camisola 'merengue'.
Até 30 de setembro, o eterno capitão 'madridista' era o maior goleador da história do Real Madrid, estatuto que perdeu para o português Cristiano Ronaldo, que, nesse dia, ao 'bisar' frente ao Malmö, na Liga dos Campeões, passou a somar 324 golos com a camisola dos 'merengues', ou seja, mais um.
Em 2010, o espanhol rumou aos alemães do Schalke 04, que representou durante duas épocas antes de se mudar para o Al-Saad, do Qatar, no qual jogou dois anos e do qual se despediu em março de 2014. Após uma retirada momentânea dos relvados, assinou pelo Cosmos em dezembro do ano passado.
O avançado disputou 102 jogos internacionais com a camisola da Espanha e é o segundo melhor marcador da seleção espanhola, atrás de David Villa.