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De Jong não perdoa Barcelona: "Queriam vender-me para sacar dinheiro"

Após renovar contrato, até 2029, Frenkie de Jong garante que nunca teve "medo" de ser forçado a abandonar o Barcelona, ainda que assuma que passou por momento de maior "pressão".

De Jong não perdoa Barcelona: "Queriam vender-me para sacar dinheiro"

© Getty Images

Carlos Pereira Fernandes
18/10/2025 12:49 ‧ há 2 horas por Carlos Pereira Fernandes

Desporto

La Liga

Frenkie de Jong concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal espanhol El País, na qual garantiu que nunca lhe passou pela cabeça abandonar o Barcelona, apesar da incerteza em torno da sua situação contratual, que, ainda esta semana, foi afastada, de uma vez por todas, com a renovação, até junho de 2029.

 

"Como é que posso explicar? Eu sempre tive claro que queria ficar no Barcelona. Estive sempre feliz, com a equipa, com a oportunidade de jogar aqui... Houve uma época na qual havia mais pressão, tal como também houve outro momento em que havia gente no clube que queria vender-me para sacar dinheiro. Penso que foi no verão de 2023 ou em janeiro de 2022. Agora, não me recordo bem", começou por afirmar.

"De certa maneira, conseguia entender. O clube estava num momento económico difícil, e eu era um jogador com mercado, mas tinha claro que queria ficar no Barcelona. E tinha a confiança de que, se estivesse bem, iria jogar. Sempre foi assim. No final, quando tens contrato, decides que, se queres ficar, ficas. Por isso, não tinha medo", prosseguiu.

"No Ajax, por vezes, também era complicado, mas, se ganhas, não acontece nada. A diferença, no Barcelona, é que, aqui, a cada cinco anos, há eleições, então, é impossível que não haja política. Há candidatos que querem ganhar votos, e precisam da imprensa, por isso, pensam 'Se eu te dou esta informação, tens de defender-me, nas eleições", completou.

O internacional neerlandês recusou, no entanto, enveredar por essa via: "Quero ser justo e viver tranquilamente. Não quero ter gente amiga na imprensa para que falem bem de mim e me defendam sempre. Se jogar mal, que o digam, e, se jogar bem, também. Isso de ter gente que fale sempre bem de mim, independentemente de como jogue, não me agrada. Não me sentiria confortável".

Afinal, do que fala Frenkie de Jong?

Frenkie de Jong referia-se, claro está, ao facto de, aquando da crise financeira espoletada pela pandemia da Covid-19, ter assinado uma adenda ao contrato, na qual dava 'luz verde' para que o ordenado a que teria direito, nos anos de 2020 e 2021, fosse substancialmente reduzido, sendo devidamente compensado, entre 2022 e 2026.

Este entendimento foi proposto pela direção liderada por Josep Maria Bartomeu, que acabou por 'empurrar' o problema para a de Joan Laporta, que lhe sucedeu, tendo esta procurado resolvê-lo colocando o médio no mercado, o que acabou por chamar a atenção de alguns dos maiores clubes do futebol europeu, entre eles, o Manchester United.

No entanto, a verdade é que o internacional neerlandês recusou todas as abordagens que lhe foram chegando, e acabou mesmo por recuperar o seu espaço, no plantel blaugrana, ao ponto de ter sido recompensado pelo atual treinador, o Hans-Dieter Flick, com um lugar no lote de capitães. Esta temporada, foi utilizado em oito dos dez jogos oficiais realizados, ao cabo dos quais somou uma assistência para golo.

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