Escândalo atrás de escândalo. Apenas quatro dias após se ter declarado como culpado em caso de pornografia infantil, David Coote enfrenta agora uma nova acusação, face à denúncia de assédio (e não só) por parte de um jovem árbitro, cuja identidade não foi revelada.
O juiz de 18 anos desvendou algumas mensagens recebidas por parte do ex-árbitro da Premier League, tais como "rapaz bonito" e "volte a falar comigo quando tiver descoberto que eu pago a sua estadia", em referência ao seu alojamento na universidade.
Para além disso, David Coote ainda voltou a admitir ser consumidor de estupefacientes, ao ter dito "Adoro isso, faz já algum tempo que não uso. A hora está a chegar. Estou a planear uma noite agitada em Londres", sendo que, perante tal cenário, o jovem árbitro não só pediu a prisão para o experiente juiz, como ainda vincou que não o queria ver libertado.
"Eu disse aos meus amigos que achava que mais coisas viriam à tona... Aconteceu tudo como eu previa. É revoltante. David Coote merece ir para a cadeia por conta dos seus crimes e não pode ser libertado como Huw Edwards", sublinhou em declarações citadas no jornal The Sun.
'Onda' de polémicas sem fim
David Coote, recorde-se, viu-se nas 'bocas do mundo' em novembro do passado ano de 2024, quando foi tornado público, nas redes sociais, um vídeo no qual surgia a insultar, não só o Liverpool, como também o seu antigo treinador, Jurgen Klopp, apelidando-o de "arrogante" e "alemão canalha", visto que o teria acusado de "mentir".
Dias depois, o árbitro acabaria por ser suspenso pelo Professional Game Match Officials Board (PGMOL, o organismo responsável por reger os árbitros, em Inglaterra), antes de, no seguinte mês de dezembro, ter sido banido de apitar jogos em todo o país.
Pelo meio, tornaram-se, ainda, virais outras imagens. Neste caso, onde o próprio era visto a consumir uma substância branca (alegadamente, cocaína), em pleno Campeonato da Europa de 2024, competição na qual atuou na qualidade de VAR.
A polémica atingiu tamanha dimensão que chegou, inclusive, à UEFA, que agiu prontamente, proibindo-o de comandar qualquer partida oficial em território europeu até 30 de junho de 2026.
Já em janeiro do presente ano de 2025, David Coote concedeu uma extensa entrevista ao jornal britânico The Sun, onde assumiu, pela primeira vez, a homossexualidade: "Senti uma profunda sensação de vergonha, durante os meus anos de adolescência, em particular. Não me assumi perante os meus pais antes dos 21 anos. Não me assumi perante os meus amigos antes dos 25 anos".
"A minha sexualidade não foi a única razão que me levou a estar nesta posição, mas não estaria a contar-vos uma história autêntica se não dissesse que sou gay e que tive reais dificuldades em esconder isso. Escondi as minhas emoções como jovem árbitro, e escondi também a minha sexualidade. É uma boa qualidade enquanto árbitro, mas uma terrível qualidade enquanto ser humano. E isso levou-me a toda uma série de comportamentos", completou.
Leia Também: Árbitro inglês declara-se como culpado em caso de pornografia infantil