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Árbitro inglês declara-se como culpado em caso de pornografia infantil

David Coote, árbitro inglês, declara-se culpado num caso de pornografia infantil e terá de voltar ao Tribunal Judicial de Nottingham a 11 de dezembro para conhecer a sentença final do processo.

Árbitro inglês declara-se como culpado em caso de pornografia infantil

© Getty Images

Davide Rodrigues Araújo
14/10/2025 11:44 ‧ há 6 horas por Davide Rodrigues Araújo

Desporto

Inglaterra

David Coote, árbitro que foi destituído pela Federação Inglesa de Futebol após várias polémicas envolvendo críticas a Jurgen Klopp, quando este era treinador do Liverpool, teve de se apresentar, esta terça-feira, em tribunal para responder às acusações de produzir pornografia infantil, tendo-se declarado como culpado.

 

Segundo adianta o The Independent, o antigo árbitro foi ao Tribunal Judicial de Nottingham e acabou por ter direito a liberdade condicional, tendo como obrigação de se apresentar no mesmo local a dia 11 de dezembro, de modo a conhecer a sentença final.

No entanto, esta liberdade condicional tem ainda outras cláusulas que David Coote deverá respeitar, tais como não estar em contacto com menores de 18 anos e não residir numa morada que seja a mesma de alguém com menos de 18 anos de idade.

De recordar que a acusação data de 2 de janeiro 2020, e diz respeito a um incidente de "categoria A", a mais grave de todas, habitualmente atribuída a imagens onde surgem crianças a ser violadas ou sexualmente abusadas por adultos.

"Um suspeito está pendente de aparição em tribunal, depois de ter sido acusado de produção de uma imagem indecente de uma criança. David Coote, de 43 anos de idade, foi acusado da infração na sequência de uma investigação levada a cabo pela Polícia de Nottinghamshire", refere o comunicado entretanto emitido pelas autoridades.

"A acusação está relacionada com um ficheiro de vídeo recuperado pelos agentes, em fevereiro deste ano. Coote, natural de Collingham, foi acusado a 12 de agosto, e está, atualmente, sob fiança policial condicional. Ele deverá comparecer no Tribunal de Magistrados de Nottingham no dia 11 de setembro", acrescenta a nota.

Polémicas com o árbitro inglês não ficam por aqui

David Coote, recorde-se, viu-se nas 'bocas do mundo' em novembro do passado ano de 2024, quando foi tornado público, nas redes sociais, um vídeo no qual surgia a insultar, não só o Liverpool, como também o seu antigo treinador, Jurgen Klopp, apelidando-o de "arrogante" e "alemão canalha", visto que o teria acusado de "mentir".

Dias depois, o árbitro acabaria por ser suspenso pelo Professional Game Match Officials Board (PGMOL, o organismo responsável por reger os árbitros, em Inglaterra), antes de, no seguinte mês de dezembro, ter sido banido de apitar jogos em todo o país.

Pelo meio, tornaram-se, ainda, virais outras imagens. Neste caso, onde o próprio era visto a consumir uma substância branca (alegadamente, cocaína), em pleno Campeonato da Europa de 2024, competição na qual atuou na qualidade de VAR.

A polémica atingiu tamanha dimensão que chegou, inclusive, à UEFA, que agiu prontamente, proibindo-o de comandar qualquer partida oficial em território europeu até 30 de junho de 2026.

Já em janeiro do presente ano de 2025, David Coote concedeu uma extensa entrevista ao jornal britânico The Sun, onde assumiu, pela primeira vez, a homossexualidade: "Senti uma profunda sensação de vergonha, durante os meus anos de adolescência, em particular. Não me assumi perante os meus pais antes dos 21 anos. Não me assumi perante os meus amigos antes dos 25 anos".

"A minha sexualidade não foi a única razão que me levou a estar nesta posição, mas não estaria a contar-vos uma história autêntica se não dissesse que sou gay e que tive reais dificuldades em esconder isso. Escondi as minhas emoções como jovem árbitro, e escondi também a minha sexualidade. É uma boa qualidade enquanto árbitro, mas uma terrível qualidade enquanto ser humano. E isso levou-me a toda uma série de comportamentos", completou.

Leia Também: Árbitro inglês caído em miséria acusado de produzir pornografia infantil

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