Rui Costa voltou, esta terça-feira, a prestar declarações sobre o caso Germán Conti, à margem do Portugal Football Globes, gala da Federação Portuguesa de Futebol.
"Muito à vontade com esta situação. A transferência foi aceite no TMS da FIFA, deu entrada numa conta bancária do Benfica, não houve alertas. É uma coisa muito simples de ser resolver. Os adeptos do Benfica não têm de estar preocupados, assim como eu não estou. Uma das coisas do meu mandato foi acabar com tudo o que se vinha a passar no Benfica, isto não tem a ver com crime. Centenas de empresas e clubes estão na mesma situação. Quando cedemos o jogador à Rússia, nem cobrámos dinheiro", disse o presidente das águias, prolongando o raciocínio:
"Aquilo que é dito no comunicado não é da transferência do Benfica para o Lokomotiv, mas sim do Lokomotiv para a outra equipa. Fui alertado pela transferência, mas todo o processo não passa pelo presidente do Benfica. Claro que sei que as transferências existem porque é um ativo nosso. Há aqui uma explicação muito simples: quando temos um direito de preferência sobre o jogador, é óbvio que temos direito a uma opinião sobre isso."
Rui Costa comentou ainda o Clássico entre FC Porto e Benfica, que terminou sem golos, no Estádio do Dragão, no encerramento da oitava jornada da I Liga.
"No Benfica não se festejam empates. De qualquer das maneiras, foi um bom jogo, entre duas equipas muito fortes que se respeitaram muito uma à outra. Não saindo totalmente satisfeito do Dragão, saio otimista perante o que a equipa tem feito nos últimos jogos. Está tudo em aberto para o resto do campeonato", referiu o dirigente, partilhando as palavras de José Mourinho no final do jogo, em conferência de imprensa.
"Sair do Dragão a sete pontos não era bom para nós nesta fase. Mourinho não deixou de preparar a equipa para ganhar. Saímos bem do Dragão e posicionados para atacar o campeonato."
Sobre as críticas do homólogo André Villas-Boas, em relação aos comunicados do clube da Luz em relação à arbitragem, Rui Costa manifestou o seguinte.
"Não é coação, são alertas àquilo que nós entendemos que temos de manifestar e que temos que alertar, nós não queremos ser beneficiados em nada e também não queremos ser prejudicados, é só isso. E para o crescimento do futebol português é verdade que não é bom para ninguém que os clubes tenham que fazer comunicados, não é bom para o crescimento do futebol português, mas também não é bom que se vejam determinadas coisas em campo e que não se resolvam os problemas. Nós todos queremos um futebol transparente, um futebol jogado nas quatro linhas e o Benfica manifesta-se quando entende que tem de manifestar, quando entende que não está dentro deste padrão o desenvolvimento do campeonato."
[Notícia em atualização]
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