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"Há uma submissão ao estatuto de Mourinho, mas ele não inventou nada"

Em conversa exclusiva com o Desporto ao Minuto, António Simões fez o rescaldo do Clássico entre FC Porto e Benfica, para o campeonato. Encarnados tiveram apenas quatro remates na direção da baliza portista em mais 90 minutos.

"Há uma submissão ao estatuto de Mourinho, mas ele não inventou nada"

© Getty Images

Luis Júnior
07/10/2025 07:08 ‧ há 1 dia por Luis Júnior

Desporto

Exclusivo

O Benfica alcançou, no passado domingo, um empate (0-0) 'positivo' no terreno do FC Porto, no encerramento da oitava jornada da I Liga. Com este resultado, as águias mantiveram a diferença de quatro pontos para a liderança, nas mãos dos dragões.

 

A postura pragmática do técnico dos encarnados, José Mourinho, foi uma vez mais nota dominante num jogo de cartaz. De acordo com dados da plataforma Playmaker, o Benfica rematou apenas por quatro vezes na direção de baliza defendida por Diogo Costa. Este foi o pior registo de todas as equipas nesta ronda, sendo que há sete temporadas que o coletivo benfiquista não rematava tão pouco.

Em conversa exclusiva com o Desporto ao Minuto, António Simões fez a análise do Clássico, visando a estratégia adotada por José Mourinho.

"O Benfica, à semelhança do jogo com o Chelsea, deu uma imagem competitiva, sabendo que não podia de maneira nenhuma ficar a sete pontos do rival. Foi um jogo intenso, agressivo e muitas vezes sem qualidade. Este é o futebol que estamos a assistir, no qual é mais importante não perder do que ganhar, o que não é novidade", começou por dizer a antiga glória do clube da Luz, com dez campeonatos conquistados na carreira.

"Há uma submissão ao estatuto de José Mourinho, como para outras meia dúzia de pessoas. O plano de jogo não foi surpresa. Ele não inventou nada no futebol. Ninguém coloca em causa o seu sucesso, mas sim o conceito, que já vem de outros treinadores no passado. No entanto, como o próprio José Mourinho manifestou no final do jogo, quatro pontos são recuperáveis", alertou António Simões.

Desde a chegada do 'Special One', o Benfica tem um saldo de duas vitórias, dois empates e uma derrota. Neste período, marcou seis golos e sofreu três.

"Gostaria que a equipa tivesse mais capacidade ofensiva, mas isso não é responsabilidade apenas dos avançados. Atualmente, a dinâmica do jogo obriga que os jogadores sejam mais cultos, mais multifacetados nas suas funções dentro do terreno de jogo", sustentou.

"Podia existir mais qualidade na frente, mas será que o Benfica tem capacidade financeira para atrair esse tipo de jogadores? Esse é o problema do futebol português, somos exportadores e, muitas vezes, não conseguimos importar atletas com o mesmo valor dos que saíram. Neste plantel, qual foi o critério da escolha? Isso é importante delinear antes de qualquer sistema de jogo", completou o ex-jogador com mais de 440 jogos de águia ao peito, entre 1961 e 1975.

António Simões presente nas eleições do Benfica

O Benfica vai a eleições no próximo dia 25 e António Simões é uma das pessoas interessadas neste ato, dado que é mandatário da candidatura 'Benfica no Sangue', liderada por  Martim Mayer.

Em 2020, recorde-se, o antigo internacional português, em 46 ocasiões, apoiou a candidatura de João Noronha Lopes, numas eleições que acabariam por ser vencidas por Luís Filipe Vieira. 

Cinco anos volvidos, estão na corrida os seguintes nomes: Rui Costa, atual líder das águias, João Diogo Manteigas, Martim Mayer, João Noronha Lopes, Cristóvão Carvalho e Luís Filipe Vieira.

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