Rui Borges aproveitou, este sábado, a conferência de imprensa que se seguiu ao apito final ao triunfo conquistado pelo Sporting na deslocação ao Estádio António Coimbra da Mota, sobre o Estoril, por 0-1, para tranquilizar os adeptos relativamente ao facto de Luis Suárez ter saído com queixas físicas.
"Saiu por opção, sofreu ali um toque no pé e sentiu algum desconforto, mas creio que não é nada de especial", afirmou, a propósito do internacional colombiano, que marcou o golo que fez a diferença, na Amoreira, logo à passagem dos 12 minutos, antes de dar o lugar a Fotis Ioannidis, já aos 74.
Questionado sobre o impacto do avançado, que soma já cinco remates certeiros e três assistências ao cabo de nove jogos de leão ao peito, desde que foi adquirido ao Almería, a troco de uma verba na ordem dos 22 milhões de euros (que pode ascender aos 25 milhões de euros), o mirandelense recusou estabelecer paralelismos com... Viktor Gyokeres.
"Tem dado uma boa resposta, assim como o Fotis [Ioannidis]. Sobre o passado, não vou falar, e só penso no presente. Fez um belissímo jogo, tal como o Geny [Catamo], o Alisson [Santos]...", acrescentou. O sueco, recorde-se, partiu para o Arsenal, no passado mercado de transferências de verão, na sequência de um acordo que pode superar a barreira dos 76 milhões de euros.
"Não quero pensar que tenha sido sobre o Napoli"
Rui Borges assumiu que a exibição verde e branca esteve longe de ser a melhor, mas recusou a teoria de que tal tenha sido provocado pelo facto de, na próxima quarta-feira, pelas 20h00 (hora de Portugal Continental), haver 'jogo grande', diante do Napoli, no Estádio Diego Armando Maradona, a contar para a segunda jornada da fase de liga da Liga dos Campeões.
"Os primeiros 25 a 30 minutos foram bons, intensos, competitivos, com variação longa e jogo de largura, mas, depois, entrou-se no exagero do facilitismo, com muito jogo interior, com perdas de bola... É certo que, ao longo dos 90 minutos, o Estoril tem um lance de perigo. Não criaram muitas ocasiões, mas procurámos chamar à atenção da equipa ao intervalo", refletiu.
"Mas, na segunda parte, fomos apáticos, com falta de intensidade, sem estarmos proativos no jogo, e a equipa deixou adormecer o jogo. Notou-se alguma energia, mas que sirva de exemplo para o futuro. Foi o único jogo que não gostei da nossa equipa. Fomos incapazes, a atitude competitiva tinha se estar acima da média e não fomos capazes", prosseguiu.
"É complicado justificar... O cansaço, não quero pensar que tenha sido sobre o jogo de quarta-feira, e é algo que não pode acontecer. Fizemos o que havia para fazer para ganhar, mas devíamos ter feito mais, porque, no futuro, podemos passar mal. Mais do que encontrar as razões, é cada um fazer uma retrospetiva do que foi feito", completou.
Com este resultado, recorde-se, o Sporting ascendeu, provisoriamente, à liderança da I Liga, com 18 pontos, tantos quanto o FC Porto, que, no entanto, ainda tem encontro marcado com o Arouca, no fecho da sétima ronda, na próxima segunda-feira.
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