"Fazer melhor é naturalmente ficar acima do sétimo lugar. Queremos estar na luta pelos lugares europeus e também fazer um percurso mais longo na Taça de Portugal. Já estivemos numa meia-final e sentimos que podemos voltar a chegar lá ou até mais longe. É esse o espírito que nos acompanha", afirmou o dirigente à margem da cerimónia de entrega da Medalha de Mérito Municipal Desportivo, atribuída pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.
Na preparação da nova temporada, Miguel Ribeiro destacou como fator positivo a continuidade do treinador Hugo Oliveira e da maior parte da estrutura técnica e diretiva, algo que considera ser "uma mais-valia" para a evolução do projeto famalicense.
"Sabemos para onde queremos ir, o que queremos atingir e como o queremos fazer. A estabilidade é essencial para consolidar as ideias, para corrigir o que pode ser melhorado e para aprofundar o que foi bem feito", disse o responsável da SAD.
Quanto ao plantel, o dirigente revelou que está a ser desenhado com o objetivo de encontrar "equilíbrio entre juventude e experiência", mantendo a matriz do clube, que passa por apostar no desenvolvimento e valorização de jogadores, ao mesmo tempo que se garante competitividade.
"Temos uma estrutura base que queremos manter e estamos a acrescentar qualidade com critério. O nosso caminho continua a passar por potenciar jogadores, fazê-los crescer e, com isso, elevar o rendimento coletivo da equipa", sublinhou, lembrando que o Famalicão tem sido uma montra para muitos jovens talentos.
Além da vertente desportiva, a SAD famalicense está envolvida num processo de transformação profunda ao nível das infraestruturas. O estádio municipal será alvo de um projeto de reestruturação alargada, integrado num concurso internacional, cujo desfecho está previsto até ao final do ano.
"O concurso está a correr, terá um prazo até novembro. A nossa firme convicção é que vamos ter um bom desfecho. O concurso é verdadeiramente entusiasmante", disse Miguel Ribeiro, que sublinhou a complexidade da operação: "Entendo que as empresas estão a fazer um trabalho, que vai demorar agora algum tempo, porque até fixar... Se fosse uma simples obra, fácil seria apresentar um projeto e um plano de construção. Considerando a complexidade do concurso, penso que vai demorar um bocadinho mais a apresentar uma solução".
Miguel Ribeiro lembrou que o projeto não se limita à renovação do estádio: "Estamos a falar de um estádio municipal, de uma área limite ao estádio municipal onde vai crescer um espaço empresarial, eventualmente um shopping, um hotel, um parque de estacionamento, um hospital. Ou seja, qualquer empresa que venha a concurso terá também de vir munida de entidades, de insígnias, que ocupem todo aquele espaço".
Apesar de ainda não haver propostas formalizadas, o presidente da SAD mostra-se confiante de que este será um "projeto que vai verdadeiramente revolucionar Famalicão".
Miguel Ribeiro elogiou ainda a visão do presidente da autarquia: "Acredito que o presidente Mário Passos, com a ambição que teve e a visão que teve, também está entusiasmado ao ver este concurso e perceber que vamos ter uma nova centralidade para Famalicão. E Famalicão também feliz está, porque um estádio novo não vai representar apenas duas horas de 15 em 15 dias, mas vai representar, se calhar, oito a 12 horas por dia, todos os dias".
O presidente da SAD minhota salientou que o novo complexo irá "trazer muita vitalidade à cidade, ao clube, à SAD".
"Estou muito otimista com o que aí vem", concluiu.
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