Se a maioria dos futuros internacionais seniores coincidiu com o recordista de encontros (126) e vitórias (90) pelo conjunto de 'esperanças', esse trio entrou no último degrau de acesso ao patamar de elite das seleções sem qualquer histórico dos sub-15 aos sub-20.
Nascido em França, mas com dupla nacionalidade, o lateral esquerdo Raphaël Guerreiro começou a atuar em novembro de 2014 nos 'AA', então orientados por Fernando Santos, após ter acumulado oito desafios pelos sub-21, cuja estreia remontava a março de 2013.
O defesa do campeão alemão Bayern Munique juntou, posteriormente, mais cinco jogos nesse escalão, todos na fase final do Europeu da categoria de 2015, quando a equipa de Rui Jorge foi batida na decisão pela Suécia (3-4 nos penáltis, após 0-0 nos 120 minutos).
Raphaël Guerreiro, de 31 anos, nunca mais voltou aos sub-21 e projetou-se em definitivo nos 'AA', com quatro golos em 65 jogos, pautados pela conquista do Euro2016 e da Liga das Nações de 2019, que representam dois dos três títulos seniores obtidos por Portugal.
Menor expressão pelo conjunto principal tiveram o também luso-francês Kévin Rodrigues e Paulinho, com três internacionalizações cada, sendo que o defesa esquerdo dos turcos do Kasimpasa participou na fase de grupos da campanha vitoriosa na primeira edição da Liga das Nações, enquanto o ponta de lança dos mexicanos do Toluca logrou dois golos.
Antes de chegar aos 'AA', entre novembro de 2017 e novembro de 2018, Kévin competiu pelas seleções jovens de França, com 12 partidas dos sub-18 aos sub-19, e de Portugal, num total de cinco embates nos sub-21, três dos quais na fase final do Europeu de 2017.
Paulinho foi utilizado uma vez por Rui Jorge, em novembro de 2012, e só voltou ao radar das seleções em novembro de 2020, ao realizar os únicos jogos pelos seniores, 'bisando' na estreia perante Andorra (7-0), num particular disputado no Estádio da Luz, em Lisboa.
O lateral direito Tiago Santos, o ponta de lança Dany Mota e o médio Stephen Eustáquio receberam a primeira convocatória através de Rui Jorge e podiam ter repetido os passos de Raphaël Guerreiro, Kévin Rodrigues ou Paulinho, mas, se os dois primeiros ainda não foram utilizados pelo espanhol Roberto Martínez - apesar de já terem trabalhado junto da equipa principal -, o último saltou dos sub-21 nacionais para os 'AA' do Canadá em 2019.
No ciclo vigente, que arrancou em setembro de 2023 e acabará no Europeu de sub-21, a decorrer na Eslováquia, Rui Jorge já promoveu quatro estreias absolutas pelas seleções lusas, dos quais apenas o defesa direito Danilo Veiga ficou de fora da fase final da prova.
O médio João Marques soma 12 duelos e um golo no escalão e foi suplente utilizado nas vitórias sobre Polónia (5-0) e Geórgia (4-0), para a segunda e terceira jornadas do Grupo C, tal como o médio Mathias De Amorim, que nunca tinha alinhado por Portugal antes do Campeonato da Europa e realizou anteriormente quatro partidas pelos sub-20 de França.
Outra novidade lançada em território eslovaco foi o extremo Roger Fernandes, titular nos três jogos da primeira fase e autor de duas assistências para Geovany Quenda diante da Polónia, enquanto o defesa central Lourenço Henriques ainda procura a estreia absoluta.
Portugal, vencedor do Grupo C, mede forças com os Países Baixos, segundos colocados da 'poule' D e campeões em 2006 e 2007, no sábado, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa), no Estádio pod Dubnom, em Zilina, em duelo dos quartos de final do Europeu de sub-21.
A 25.ª edição do torneio de 'esperanças' termina em 28 de junho, com o jogo decisivo no Estádio Tehelné pole, em Bratislava, sendo que Portugal já foi finalista vencido em 1994, 2015 e 2021 e está à procura de um inédito título na 10.ª participação, e terceira seguida.