"Lembro-me que, há dois anos, o primeiro jogo era contra a Geórgia e, provavelmente, as pessoas não olhavam tanto para essa equipa, que até acabou por passar em primeiro naquele grupo. Temos de olhar para todos os encontros da mesma forma. É isso que se exige a uma seleção como a nossa", advertiu o avançado, em conferência de imprensa.
Portugal inicia a 10.ª participação, e terceira seguida, em fases finais do Campeonato da Europa de sub-21 perante a França, vencedora em 1988, na quarta-feira, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Sihot, em Trencin, na Eslováquia, na abertura do Grupo C, constituído igualmente por Polónia e Geórgia, que se defrontam no mesmo dia em Zilina.
"A primeira partida é sempre importante neste tipo de competições, até para tirar alguma ansiedade e nervosismo. Somar os três pontos era muito bom e vamos entrar em campo para isso. Será um jogo complicado e sabemos do nível da França, mas também temos qualidade e vamos encará-la olhos nos olhos", vincou o dianteiro do Benfica, que esteve emprestado ao Arouca em 2024/25, somando sete golos e uma assistência em 26 jogos.
Os dois primeiros colocados das quatro 'poules' acedem à fase a eliminar da 25.ª edição da competição, na qual o conjunto das 'quinas' já foi finalista derrotado em 1994, 2015 e 2021, estando a final marcada para 28 de junho, no Estádio Tehelné pole, em Bratislava.
"Primeiro, há que focar neste jogo e, depois, nos seguintes. Isso é fundamental. O nosso objetivo é chegar o mais longe possível e isso é ir à final. É aquilo que ambicionamos. O grupo está confiante e ansioso para começar a competir. Acho que nos temos preparado bem para o que vamos enfrentar. Tivemos quase 10 dias de treinos e conseguimos limar algumas arestas, tentando entender bem aquilo que queremos para os jogos", observou.
Henrique Araújo, de 23 anos, é um dos quatro futebolistas ao dispor do selecionador Rui Jorge com experiência em fases finais de Europeus de sub-21, após a estreia em 2023, quando Portugal foi eliminado nos 'quartos' pela Inglaterra (1-0), vencedora naquele ano.
"Todos os erros contam. Na última edição, entrámos com o pé esquerdo e isso criou-nos logo dificuldades. Podemos ver isto também pelo lado da superação e da capacidade de sacrifício que essa equipa teve. A mensagem que os futebolistas que já estiveram neste contexto podem passar àqueles que estão aqui pela primeira vez é que teremos de estar focados desde o primeiro minuto e esperamos sorrir amanhã [na quarta-feira]", analisou.
O ponta de lança contabiliza 29 internacionalizações e está a uma de igualar o ex-médio Manuel Fernandes, que participou nas fases finais de 2006 e 2007, como recordista de partidas pelos sub-21 lusos, num pódio selado por cinco jogadores, entre os quais Paulo Bernardo, que soma 28 e também vai cumprir a segunda participação seguida na prova.
"Esses números e recordes são sempre bons. Não vim com o objetivo de bater recordes, mas de chegar o mais longe possível e, se possível, levar um título para casa. Esse é o nosso grande objetivo. Vamos ter equipas com muito valor pela frente e temos de estar focados no coletivo, porque é a partir daí que as individualidades aparecem", sustentou.
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