"Aquilo que me pareceu foi que era uma equipa um bocadinho desorganizada em termos de processos trabalhados, mas muito forte fisicamente. Não dão nenhum lance por perdido e chutam para a baliza de qualquer sítio, por isso temos de estar com muita atenção", observou Mário Narciso, em declarações divulgadas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O técnico referia-se ao encontro da ronda inaugural entre a Mauritânia e o Irão, que a equipa africana perdeu por 5-4, um resultado mais equilibrado do que seria de esperar, tal como o que sucedeu no embate de Portugal com Paraguai, vencido pela equipa das 'quinas por 11-9.
"Não esperava que a Mauritânia perdesse apenas pela margem mínima", admitiu Mário Narciso.
O selecionador português, de 71 anos, desvalorizou o facto de ter apenas um dia entre os jogos da primeira fase do Campeonato do Mundo, e manifestou-se satisfeito com o regresso de Jordan Santos, ausente frente ao Paraguai devido a suspensão.
"Quantos mais melhor. É um jogador com muita influência na nossa equipa e fico satisfeito por poder contar com ele", observou Mário Narciso, que terá a equipa na máxima força para a partida de sábado, com início às 17:30 (hora em Lisboa).
Jordan Santos, de 33 anos, também está "muito feliz por poder voltar a jogar", e alertou para os riscos associados ao confronto com a Mauritânia.
"Para estar aqui no Mundial tem de ser uma seleção com valor. Bateram-se bem, o jogo parecia que estava controlado pelo Irão, mas estas seleções africanas têm disso, não desistem até ao último segundo", advertiu.
Portugal, atual campeão da Europa e vencedor em três ocasiões do Mundial de futebol de praia (2001, 2015 e 2019, as duas últimas sob a égide da FIFA), lidera, em igualdade com o Irão, o Grupo B, no qual avançam para os quartos de final os dois primeiros classificados.