Kokçu 2.0 recupera sorriso com Lage e reencontra 'velhos conhecidos'

O médio ex-Feyenoord tem vivido dias mais felizes sob a influência do treinador setubalense quando comparado com o período em que foi orientado por Roger Schmidt.

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Rodrigo Querido
21/10/2024 07:45 ‧ 21/10/2024 por Rodrigo Querido

Desporto

Benfica

É um Orkun Kokçu diferente da noite para o dia aquele que tem atuado nos últimos jogos do Benfica. Poupado no jogo da Taça de Portugal frente ao Pevidém, o médio turco parece outro desde que Bruno Lage regressou ao comando técnico dos encarnados em setembro e prepara-se agora para reencontrar vários 'velhos conhecidos' no embate frente ao Feyeenoord para a Liga dos Campeões. 

 

Quando chegou a Portugal, vindo do Feyenoord em 2023, Kokçu era um jogador habituado a atuar num esquema 4x3x3, ajudando em zona de criação, mas também com capacidade para ser decisivo em zona de finalização, com golos e assistências. Mas esse perfume perdeu-se um pouco com Roger Schmidt. Mais agarrado a um sistema tático assente no 4x4x2, o camisola 10 das águias foi jogando quer como segundo avançado ou segundo médio longe da área. O poder de fogo em zona de decisão foi desapareceu, tal como o sorriso que mostrava nos Países Baixos.

A polémica entrevista e a influência brutal com Lage

A paciência de Kokçu com Schmidt foi-se esgotando e 'verniz' entre ambos estalou quando, em março deste ano, o turco concedeu uma 'explosiva' entrevista ao jornal neerlandês De Telegraaf e não escondeu a "raiva" e a "desilusão" por ter tantas tarefas defensivas. Roger Schmidt não teve meias medidas e afastou o médio até este pedir desculpa.

O fim da época chegou e falou-se numa possível saída de Kokçu no passado verão. O ex-Feyenoord manteve-se na Luz, tal como Schmidt. Estaria a relação entre ambos reatada? O início de 2024/25 pareceu dar entender isso. O turco, que foi alterando entre jogar como médio centro, atrás do ponta de lança ou ala esquerdo e direito, fez uma assistência no jogo contra o Casa Pia e marcou o golo da vitória frente ao Estrela da Amadora. Só que o médio foi para a seleção em setembro e quando regressou já tinha Bruno Lage como novo treinador na Luz.

E quem diria que o regresso de Lage traria de volta o 'perfume' de Kokçu? Provavelmente nem o próprio jogador o tinha sonhado. Com a chegada do técnico setubalense, o camisola 10 largou as funções de segundo médio equilibrador ou segundo-avançado, deixando, por isso, de estar perdido entre linhas e não ver o jogo de frente. Os resultados estão à vista.

Escudado por um Aursnes também ele mais liberto de aparecer mais junto à linha como fazia com Schmidt, Kokçu tem sido um maestro neste meio-campo do Benfica. Desde que Lage regressou à Luz, o camisola 10 encarnado teve influência direta nos resultados de quatro dos cinco jogos em que participou: golos contra Estrela Vermelha, Boavista e Atlético de Madrid e 'bis' de assistências contra o Santa Clara.

Esta nova fase deixa o próprio jogador muito satisfeito. Na recente ida à seleção da Turquia, o médio garantiu estar muito feliz de águia ao peito, confessando que a chegada do amigo e compatriota Akturkoglu, outro jogador em plano de destaque nos lisboetas, o ajudou. Kokçu, que nem sempre teve relação fácil com os adeptos desde que se mudou para Lisboa, até já tem direito a ovações de pé e retribui o apoio com o sorriso há muito escondido. Parece, finalmente, ter caído no 'goto' do sempre exigente tribunal da Luz e apresenta-se como uma uma peça de extrema importância para o futuro do Benfica esta temporada.

Reencontro com uma 'casa' onde foi feliz

Chegado à Luz em junho de 2023 a troco de 25 milhões e com o rótulo do reforço mais caro da história do Benfica e do futebol português, Kokçu prepara-se voltar a encontrar o 'seu' Feyenoord para a Liga dos Campeões, clube no qual brilhou antes de se mudar para Lisboa. Foi nos neerlandeses que conquistou os primeiros títulos da carreira (o campeonato e a Supertaça dos Países Baixos) e conheceu o agora colega de equipa Aursnes.

Ao serviço do clube de Roterdão, Kokçu foi uma autêntica 'dor de cabeça' para os seus rivais. O turco despediu-se do Feyenoord com 175 jogos, 32 golos e 26 assistências ao longo de seis temporadas na equipa principal. Depois da saída dos Países Baixos, o médio defrontou por duas ocasiões o seu antigo clube. Em 2023, e poucos dias depois de se mudar para Lisboa, o Feyenoord venceu por 2-1 num particular. Já na última pré-época, os neerlandeses vieram até Lisboa e foram goleados na Eusébio Cup (5-0).

Leia Também: Notas do Pevidém-Benfica: Passeio de Beste não escondeu desinspiração

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