O FC Porto foi aos Açores na tarde de quinta-feira retomar a partida que havia deixado por acabar no dia 7 de janeiro, frente ao Santa Clara, confirmando o acesso às meias-finais da Taça de Portugal com uma vitória (2-1) no Estádio de São Miguel.
Os dragões até entraram com o pé esquerdo na ilha, por conta do golo supersónico de Rafael Martins, logo no primeiro minutos dos 63 que faltavam disputar, mas tudo mudou após o intervalo.
Na segunda metade, e depois de uma mexida tática de Sérgio Conceição, o FC Porto conseguiu dar a volta ao marcador e saiu dos Açores com encontro marcado com o Vitória SC nas 'meias' da prova rainha da qual é o campeão em título.
Vamos aos protagonistas.
A figura
Francisco Conceição foi o verdadeiro antídoto do FC Porto para o anticiclone dos Açores. O jovem extremo dos dragões foi um verdadeiro quebra-cabeças para os jogadores do Santa Clara e ficou diretamente ligado aos dois golos que, ao final de contas, valeram a passagem à fase seguinte da prova rainha.
Virtuoso, veloz e criativo, Chico torna-se essencial para este FC Porto, nomeadamente quando é preciso agitar o jogo através do talento individual.
A surpresa
Rafael Martins continua a provar ser um ponta de lança com faro de golo em Portugal. O avançado brasileiro de 34 anos apontou o quinto golo da temporada, sendo mais rápido do que os defesas do FC Porto, e foi sempre causando calafrios com as suas arrancadas nas costas da defensiva azul e branca.
A desilusão
Diogo Costa costuma ser sinónimo de tranquilidade, mas na tarde de ontem esteve longe de transmitir a calma necessária aos colegas de equipa. Ficou mal no lance do golo do Santa Clara, deixando fugir a bola, e na segunda parte também assinou mais um lance em que não ficou bem na fotografia. Tarde para esquecer.
Os treinadores
Vasco Matos
O Santa Clara surpreendeu o FC Porto ao marcar logo no primeiro lance da partida, numa jogada claramente estudada em ambiente de treino, e deu provas de que a liderança isolada na II Liga não é uma mera obra do acaso. Na segunda parte acabaria por deixar fugir a vantagem, mas não teve medo de ir atrás do empate, embora sem efeitos práticos.
Sérgio Conceição
O treinador do FC Porto percebeu que tinha de mudar de sistema para conseguir contornar o bloco mais baixo do Santa Clara e não perdeu tempo ao intervalo. Com o aproximar do apito final foi tentando gerir a condição física dos mais utilizados, até porque no horizonte está o Clássico frente ao Benfica.
O árbitro
Cláudio Pereira adotou um critério mais largo, com o lance mais duvidoso a ser aquele em que o Santa Clara fica a pedir penálti por alegada falta de Pepe. Não permitiu grandes discursos aos jogadores, tal como se pôde assistir antes do intervalo, aquando mostrou um cartão amarelo a Galeno por protestos.
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