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Quem é Pereira da Costa, a 'galinha de ovos de ouro' de Villas-Boas?

José Pedro Pereira da Costa foi apresentado como responsável pela área financeira da lista de candidatura de Villas-Boas à presidência do FC Porto.

Quem é Pereira da Costa, a 'galinha de ovos de ouro' de Villas-Boas?
Notícias ao Minuto

07:55 - 09/02/24 por Rodrigo Querido

Desporto FC Porto

A candidatura de André Villas-Boas à presidência do FC Porto prosseguiu, na tarde de quinta-feira, a apresentação daqueles que são os seus braços-direitos rumo ao ato eleitoral que acontece no próximo mês de abril.

Depois de conhecidos os nomes de António Tavares e Angelino Ferreira, que são candidatos à liderança da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), respetivamente, o antigo treinador portista formalizou José Pedro Pereira da Costa como Chief Financial Officer (CFO), que, por outras palavras, será o homem das finanças.

Em mais uma conferência de imprensa com muitas críticas à gestão financeira da equipa liderada por Pinto da Costa, André Villas-Boas deu a conhecer aquele que é o homem que espera que possa quebrar com "galinha dos ovos de ouro que serve alguns", tal como o técnico portista frisou nesta apresentação.

Gestor com larga experiência nos mercados financeiros, José Pedro Pereira da Costa foi administrador financeiro da operadora de telecomunicações NOS, na qual trabalhou por 10 anos, e ainda administrador não executivo da Sport TV, com quem mantinha uma ligação profissional desde 2007, até dezembro do ano passado.

Antes, o candidato escolhido por André Villas-Boas para ser o homem das finanças caso o ex-técnico portista seja eleito em abril próximo, desempenhou funções similares na ZON Multimédia, na Portugal Telecom, nos brasileiros da Vivo ou no Banco de Investimento e Corporate do Santander. A nível académico, Pereira da Costa conta com uma licenciatura em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa, além de um MBA e um certificado em governança corporativa no INSEAD.

Gestor alerta para a situação financeira preocupante

Como afirmou Villas-Boas na apresentação da sua candidatura às eleições a 17 de janeiro do presente ano civil, a situação financeira é um ponto de grande preocupação para a sua lista de candidatura.

O ex-técnico portista, que já tinha dito que o responsável pelas contas da SAD portista era "fundamental no projeto e num futuro de crescimento sustentável", falou de Pereira da Costa como um homem com um "currículo vasto e extenso de resultados, credibilidade e experiência" e que traz "soluções novas" para "colocar o FC Porto na vanguarda da gestão financeira e um exemplo de referência."

O gestor, que tem experiência na área da venda de direitos televisivo, escalpelizou aqueles que têm sido os resultados financeiros do FC Porto nos últimos anos e prometeu "fazer uma análise rigorosa ao que levou ao atual estado financeiro, que é muito preocupante."

"O resultado líquido foi de 250 milhões negativos em dez anos, uma média de cerca de 25 por ano, resultando num passivo de 530 milhões e dívida financeira de 310 milhões. Antes de avançar com qualquer processo de reestruturação, é preciso ter resposta a várias questões. Por que no FC Porto fizemos vendas de passes de 430 milhões em seis anos, mas só foram registados cerca de 30 milhões dessas vendas, ou seja, 7%, após abatidos os custos associados, amortizações e imparidades? Deixo os números conseguidos pelos nossos principais rivais para reflexão. Um fez vendas no mesmo período de 570 milhões com resultado de 200 milhões, 35%; o outro realizou vendas de 400 milhões, 170 milhões, 40%. No último exercício, a venda de bilhetes jogo a jogo e anual, sem suporte business, foi de apenas 10,8 milhões. O rival com maior valor, 13,6 milhões, teve assistência média na última época 30% inferior ao FC Porto", vincou Pereira da Costa, prosseguindo a análise às contas dos portistas.

"Por que o FC Porto, com receitas de merchandising que correspondem aos equipamentos, 8/9 milhões por ano, tem 2 milhões de custos a mais do que os rivais? Por que nossa margem é de 35%, quando no rival é de 60%? Quarta pergunta: em que consistem as despesas de representação de mais de 2,4 milhões por ano? Já agora, refiro que há seis anos na SAD pagavam-se por ano 500 mil euros em despesas de representação, valor que foi aumentando um milhão nessa rubrica. Finalmente, o que são 3 milhões de outros fornecimentos externos?", questionou o gestor.

José Pedro Pereira da Costa, terceiro elemento apresentado pela lista de André Villas-Boas, prometeu ainda que "as linhas estratégicas vão passar por um modelo operacional mais leve e rigoroso, com forte disciplina financeira." "Conseguir uma atividade operacional positiva é fundamental para inverter a trajetória do aumento do passivo. Só assim será possível iniciar a busca de redução da dívida", ressalvou, revelando ainda que a lista quer "implementar uma governança, com transparência e ética como pilares, e administração mais leve em custos."

Leia Também: Do provedor ao "tufão". Eis quem abraça o projeto de André Villas-Boas

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