Artur Jorge, treinador do Sp. Braga, em declarações à Sport TV, após o empate frente ao Vitória SC (1-1), em jogo da 16.ª jornada da I Liga.
Análise: "O resultado deixa-nos frustrados por aquilo que queríamos e fizemos. Eu já ouvi... Parece-me que a emoção tira alguma racionalidade. Quando estamos a falar de um Braga a fazer antijogo, estamos a esquecer-nos dos lances, na primeira parte, em que os jogadores do Vitória ficavam no chão a cada toque que sofriam. Parece-me que a partir daí, quando vemos uma análise destas estamos todos errados e no sítio errado para perceber o que é o jogo jogado. Estou triste e chateado pelo resultado. Merecíamos ter ganho. Faltou-nos eficácia. Se tivéssemos aproveitado as duas oportunidades que tivemos para fazer golo, uma sem guarda-redes e outra isolado na cara do guarda-redes, estaríamos aqui a falar de coisas diferentes. Fizemos mais do que foi este resultado. É um sentimento de injustiça. Percebo a euforia porque ganhar pontos em Braga não é fácil."
Ajustes ao intervalo: "Fazem parte do momento do jogo. Sabíamos que o Vitória era forte nas transições, mas estivemos muito bem. Todos os jogadores fizeram um jogo de grande qualidade. Não posso dizer nada sobre os meus jogadores. Trabalharam imenso. Estou tão triste como eles por aquilo que foi o resultado, mas temos de levantar a cabeça porque há coisas que não conseguimos controlar. Fizemos o suficiente para ganhar. Faltou eficácia, é verdade. Só lamentamos isso. Foi uma demonstração de uma equipa de muita qualidade e com ambição de querer ganhar. Ficamos com um sentimento de injustiça."
Antijogo ou gestão?: "Não acho que seja exagero. É a análise de cada um. Tenho de concordar ou não. Discordo e acho absurdo que se fale de um Braga a fazer antijogo. Falámos ao intervalo com o árbitro que queríamos o jogo rápido e não queríamos o jogo parado. Fizemos um golo e obviamente as coisas mudam na necessidade de estar à procura da baliza contrária. Faz parte do jogo e em nada apaga o desempenho do Braga. Tivemos de refrescar os jogadores cansados. Não sou obrigado a fazer cinco substituições. Mudo quando há necessidade ou sinto que o jogador não consegue mais. É um golo difícil de defender e não podemos fazer mais do que isso."
Segue-se a visita ao Dragão: "Queríamos encurtar distâncias para a frente, ou pelo menos descolar. Depois do empate de ontem, sabíamos que uma vitória aqui nos colocava com os mesmos pontos do FC Porto. Aquilo que teremos a fechar a primeira volta vai ser um grande jogo com as duas equipas a quererem ganhar."
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