O Barcelona corre sérios riscos de vir a ser impedido de disputar a próxima temporada da Liga dos Campeões, isto apesar de estar em vias de se sagrar campeão espanhol, visto liderar La Liga com uma vantagem de nove pontos sobre o segundo classificado, o Real Madrid.
Isto porque, de acordo com o jornal espanhol Marca, o facto de ter sido acusado pelo Ministério Público de corrupção infringe a alínea G do artigo 4 dos critérios de admissão dos clubes nas provas da UEFA, que condena comportamentos que levem a manipulação de resultados.
Significa isto que, caso o organismo que rege o futebol europeu considere que estas suspeitas (mesmo que não se traduzam numa sentença verdadeiramente dita) provocam um dano reputacional às provas, terá o direito de afastar o clube.
Na base desta acusação, recorde-se, estão as alegações de que os catalães terão pago uma verba superior a 7,3 milhões de euros a José María Enríquez Negreira, antigo vice-presidente do Comité Técnico dos Árbitros, entre os anos de 2001 e 2018.
A Justiça do país vizinho entende que o clube "manteve um acordo verbal estritamente confidencial" com Negreira, para que, "a troco de dinheiro, realizasse ações tendentes a favorecer o Barcelona na tomada de decisões dos árbitros nos jogos que disputasse".
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