O Sporting voltou com tudo aos relvados na quarta-feira. Os leões venceram com nota artística o Farense, em jogo da Taça da Liga, e deixaram água na boca para o que aí vem.
A equipa apresentou-se mais organizada, mais confiante, mais solta e mais alegre a jogar futebol. A evolução notou-se em certos elementos, como o caso de Trincão, uma das figuras da partida desde o primeiro até ao último minuto.
O Farense terá hipotecado as suas hipóteses de conseguir um resultado satisfatório ao propor uma ideia de jogo demasiado confiante. A jogar fora de portas e na casa do Sporting, abrir-se no campo para explorar a largura no ataque não terá sido a melhor das opções, algo que o Sporting soube aproveitar.
Paulinho marcou, mas a jogada é toda de Nuno Santos e Dário Essugo. Já o segundo golo do avançado chegou de um erro da defesa algarvia, que abriu espaço para o adversário atacar. Edwards, Pedro Gonçalves, Arthur Gomes e Mateus Fernandes conferiram ao Sporting a maior goleada da época.
É uma estreia em grande na Taça da Liga para uma equipa que se esperava em grande neste regresso. As expectativas seguem, com curiosidade para o que o futuro reserva a esta equipa.
Posto isto, vamos às notas.
A figura
Paulinho confirmou na segunda parte a exibição de ouro que fez. Não começou bem desde o primeiro minuto, mas melhorou e acabou por dar espetáculo aos poucos adeptos presentes em Alvalade. O avançado perdeu um grande golo nos primeiros mintos, na cara de Ricardo Velho, mas conseguiu redimir-se com dois golos e uma assistência. Paulinho deu para tudo nesta partida, dando opções no ataque à equipa em várias posições diferentes. Onde estava este Paulinho?
A surpresa
Dário Essugo deixou bons indicadores no meio campo do Sporting. Depois de algumas exibições pouco convicentes nesta época, o jovem médio mostrou que tinha guardado algo mais. Dotado de técnica e de força física, dominou o meio campo e deu liberdade a Pedro Gonçalves. A coragem de Essugo, que não teve medo de errar, foi o destaque de uma exibição que poderá valer mais minutos ao jovem jogador.
A desilusão
Cláudio Falcão foi o elo mais fraco do Farense e da partida. A jogar numa posição que não é a sua, no centro da defesa, ao lado de Muscat, o médio defensivo acabou por comprometer várias vezes. O posicionamento errado foi várias aproveitado pelo Sporting, que fez notar-se mais a fraca exibição do brasileiro.
Os treinadores
Rúben Amorim
Amorim renovou contrato com o Sporting e o Sporting renovou-se a si próprio. O técnico mostrou o porquê de querer tanto esta pausa para o Mundial. A sua equipa mostrou uma face diferente, mais sorridente. Em cinco minutos, cinco remates em direção à baliza adversária já previam uma exibição mais aplicada e muito diferente do que tinha sido visto antes. A performance foi promissora.
Vasco Faísca
Arriscou muito ao levar uma ideia de jogo positiva para Alvalade. Frente ao Sporting, em busca de mais do que aquilo que já tinha feito, o Farense foi atrevido, mas em demasia. O centro da defesa foi o setor mais frágil, corrigido ao intervalo, mas sem efeito. Vale o esforço, mas esperava-se mais.
O árbitro
Exibição tranquila de Nuno Almeida, que não teve grande trabalho pela frente.
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