Paulo Futre lançou nesta quarta-feira o Mundial'2022 para a seleção nacional. O antigo internacional luso mostrou-se confiante, assumindo que a equipa das quinas é candidata. Ainda assim, o aviso foi feito, até com alguma surpresa à mistura por desconhecer a derrota da Alemanha frente ao Japão.
"Não podemos confiar, não podemos facilitar, temos de estar mais atentos que nunca, não podemos cometer os erros que cometemos no último minuto contra a Sérvia, aquele canto curto com seis sérvios para três portugueses, contra a Espanha também, estávamos a dormir ali, e agora no amigável [contra a Nigéria]. Estamos a ganhar 2-0, não podemos fazer aquele penálti aos 80 minutos. O Rui [Patrício] defende, mas não podemos cometer estes erros, não podemos confiar, facilitar em nenhum momento do jogo. Se estivermos a ganhar, muito menos. Temos de estar atentos para não acontecer o que aconteceu à Argentina e, agora, à Alemanha. Nem sabia isto da Alemanha", começou por dizer aos jornalistas, num evento de lançamento do Campeonato do Mundo, promovido pela Worten.
A confiança de Paulo Futre não fica afetada pelas falhas em campo, assumindo que Portugal tem os maiores talentos da competição.
"Eu acho que, posição por posição, temos a melhor seleção do mundo, por isso, temos de sonhar. Sonhar é grátis, mas temos de sonhar acordados. Temos uma seleção com um talento incrível, qualquer um dos 26 pode ser titular, temos de sonhar que podemos chegar longe, à final", acredita.
Fernando Santos usou o ambiente do balneário para justificar a força do coletivo. Paulo Futre concorda, mas repete os avisos para os erros que a seleção pode "pagar caro".
"O ambiente foi sempre ótimo, mas o que nos tem acontecido nos últimos jogos importantes, os erros estúpidos, tontos, não podem acontecer... Um erro nesta competição pode pagar-se caro. Se estamos atentos lá atrás, especialmente nas bolas paradas, podemos ir muito longe. Pelo que sei, o ambiente da seleção é ótimo", disse.
Olhando já para a bola a rolar, Futre tem na cabeça aquele que será o osso mais duro de roer na fase de grupos da prova do Qatar.
"Teoricamente, o Uruguai. Não podemos esquecer que o Uruguai mandou-nos para casa em 2018, na Rússia. Esta é uma geração que está a terminar, uma geração espetacular com Godín, Cavani, Luis Suárez... Com os jovens que estão a aparecer, teoricamente vai ser a seleção mais complicada. Mas acho, e como disse o Rùben Dias ontem, que temos de ir jogo a jogo. O primeiro é o Gana e temos de ganhar ao Gana", concluiu.
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