Joan Laporta, presidente do Barcelona, defendeu este domingo a criação da Superliga Europeia, que muita polémica gerou aquando do seu lançamento.

Num discurso proferido em plena Assembleia Ordinária dos catalães, o líder dos blaugrana sublinhou que a prova será benéfica para todos os clubes participantes, sublinhando que o Barcelona não pode viver para sempre da ajuda das alavancas financeiras.

"O Barcelona não pode viver para sempre de alavancas, sabemos disso, mas o facto é que a situação financeira dos clubes é muito preocupante porque assumimos todos os custos e todos os riscos. 38 equipas venderam direitos de televisão para a CVC por 50 anos. Não vimos bem essa operação e não a consideramos recomendável. Procuramos outras soluções", começou por dizer Laporta, citado pelo jornal Marca.

"A direção anterior cometeu o erro de querer competir financeiramente em o ritmo estabelecido pelos clubes-estado, que são clubes sem fiscalização, que não seguem o fair play financeiro e têm recursos financeiros ilimitados, o que nos obriga a não ter um plantel competitivo ou a comprometer o futuro económico", acrescentou o dirigente, acusando a UEFA de promover a desigualdade entre os clubes.

"Ninguém lhe está a pôr travões. A UEFA, pelo contrário, o que faz é dar mais poder a estes clubes-estado. É por isso que apoiamos a Superliga, porque ela tornará a competição mais igualitária porque se baseará na meritocracia e as ligas estatais serão respeitadas. Iremos competir com os recursos de que dispomos. Nós, os clubes, vamos governar o nosso destino", atirou Laporta.

"A Superliga é uma necessidade. As receitas seriam muito interessantes. Sem a Superliga não avançaremos. Com a Superliga, os clubes governarão o próprio destino. Faz-me rir quando os clubes-estado dizem que isto é uma coisa para equipas ricas. Perante a inacção da UEFA, temos de reagir. Este doping financeiro será combatido. Iremos competir em igualdade de condições. Isto é inaceitável. A Superliga não é onde os ricos estão. Não será elitista. Este torneio segue o princípio de solidariedade e meritocracia e irá procurar soluções para todos os clubes", finalizou.

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