São muitos os milhões que separam os plantéis de Sporting e Manchester City, sendo que só um dos dois seguirá para os 'quartos' da Liga dos Campeões. Desde o valor total das equipas ao valor dos onze prováveis, desde os números da defesa ao ataque e desde o jogador mais valioso ao menos valioso, constatamos que as duas equipas estão muito distanciadas entre si.

As diferenças entre os campeonatos português e inglês estão na base de toda a disparidade, uma vez que algumas equipas menos mediáticas da Premier League conseguem ter, por vezes, valores globais de mercado mais elevados por comparação aos principais emblemas da I Liga.

Sporting e Manchester City, atuais detentores dos títulos nos seus países, não estão imunes a esse peso diferencial, e, por isso, irão à luta em patamares claramente distintos. Os leões, com pouco, ambicionam muito. Os citizens, com muito, ambicionam ainda mais.

O emblema do Etihad (que emprestou Pedro Porro ao Sporting) apresenta um plantel avaliado em quase mil milhões de euros, enquanto que o conjunto de Alvalade não vai além da casa dos 250 milhões de euros, o que por si só já se traduz no quadrúpulo. Analisando por jogador, a diferença consegue ser de cerca de 32 milhões de euros, o que significa que, a cada jogador do Sporting ligado aos quadros do clube, há outro em Manchester a valer mais dezenas de milhões de euros, em média.

Essa separação sobe quase para os 40 milhões de euros se tivermos em conta os onze mais prováveis de entrarem em campo já esta terça-feira, com o onze do conjunto português a ficar-se pelos 160 milhões no total e o dos ingleses... em 577 milhões,

Analisando por setores, é precisamente o setor mais recuado a apresentar a média mais baixa, a rondar os 23 milhões de euros de diferença, com a particularidade de que o Sporting apresenta muitos jovens na linha defensiva, perante um Manchester City mais dividido entre a juventude e a experiência.

E se é verdade que o maior total diferencial encontra-se no setor intermédio (algo que não se reflete na média face ao número de médios entre um e outro plantel), também é um facto que, no ataque, a diferença em média consegue chegar quase aos 50 milhões de euros, por força de jogadores como Sterling e Grealish, avaliados na casa dos 80 milhões (por comparação a um Sporting que vê em Pablo Sarabia e em Pote os valores mais altos, com 25 e 38 milhões, respetivamente).

A conclusão é clara. As equipas treinadas por Rúben Amorim e Pep Guardiola terão argumentos diferentes na batalha por um lugar nos quartos de final da prova milionária, mas não é isso que trava as aspirações leoninas, até porque não nos faltam exemplos de grandes surpresas nos desfechos entre equipas em patamares tão distintos a nível monetário.

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