É descrita como uma das posições mais difíceis de preencher pelos grandes clubes europeus - talvez pela especificidade da utilização maioritária do pé canhoto ou, quem sabe, pelo equilíbrio necessário entre a defesa e o ataque - e o FC Porto não era, até 15 de setembro, a exceção que confirmava a regra no que respeita a laterais-esquerdos.
Nesse dia, e já depois de curtos minutos diante do Arouca - em que entrou aos 86' com o jogo resolvido -, Wendell tomou o lugar de um desastrado Zaidu ao intervalo e deu nas vistas em pleno Wanda Metropolitano, caixa-forte do campeão espanhol.
A meia parte frente ao Atlético Madrid valeu-lhe a titularidade nos jogos seguintes, interrompida somente no descalabro caseiro contra o Liverpool, para a Liga dos Campeões, de onde saiu ileso (entrou aos 56').
Até então, Sérgio Conceição já testara três soluções diferentes, uma em cada das primeiras três jornadas: Zaidu, Wilson Manafá e Marcano. Este último parecia ser o preferido do técnico portista, dada a segurança defensiva e capacidade no jogo aéreo, mas o surgimento de Wendell levou a que fosse desviado para o centro da defesa, onde tem feito parelha com Pepe.
A poucos dias do regresso das competições, tem a palavra o jogador brasileiro, de 28 anos, contratado ao Leverkusen por quatro milhões de euros em cima do fecho do mercado.
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